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Rihanna
Rihanna || Créditos: Reprodução
Rihanna
Rihanna || Créditos: Reprodução

Com fortuna agora avaliada em US$ 1,7 bilhão (R$ 8,7 bilhões), Rihanna entrou para o seleto clube das celebridades bilionárias – como, aliás, Glamurama já tinha cantado lá em 2019. E ainda que tenha conquistado a maior parte do montante com investimentos fora da cena musical que a consagrou, trata-se de um feito e tanto para a cantora de 33 anos, que é a mais rica entre suas companheiras de profissão: Madonna, agora está com o segundo posto entre as mais abonadas e tem “só” US$ 850 milhões (R$ 4,36 bilhões), a exata metade de RiRi.

Mas, apesar da animação da mídia mundial com o anúncio feito nessa terça-feira pela “Forbes” americana, de que a intérprete de “Diamonds” é a mais nova integrante do clube dos dez dígitos, é preciso fazer algumas ressalvas. Em primeiro lugar, Rihanna, que é até mais rica que Elizabeth II, de fato é sócia de uma empresa de sucesso: a marca de cosméticos, lingeries e acessórios Fenty, cujo controle divide com o conglomerado francês LVMH.

Em sem primeiro ano fiscal, o de 2018 (cujos resultados foram reportados no seguinte, os de 2020 ainda não saíram), a Fenty teve receitas de US$ 550 milhões (R$ 2,82 bilhões), um ótimo resultado para um negócio que praticamente tinha acabado de sair do papel. Mas muito disso tem a ver com o hype daquele momento, com o fato de que várias outras famosas estavam lançando ou obtendo sucesso com marcas similares (Kylie Jenner, por exemplo) e com questões de mercado.

De lá pra cá, algumas coisas mudaram, e inclusive a própria caçula da Jenners/Kardashians, que chegou a ser proclamada como bilionária pela “Forbes” por conta do sucesso de sua Kylie Cosmetics, perdeu o título. Consta que ela teria sido “criativa demais” quando forneceu os números de vendas da empresa pra publicação de economia, que acabou por engano superestimando seu valor.

Os da Fenty certamente foram checados com lupa, uma vez que os dados do LVMH são auditados pela Ernst & Young, portanto Rihanna talvez não corra esse risco. A grande dúvida é: a marca dela tem poder para continuar crescendo tanto e tão rapidamente? Não é cedo demais para “presenteá-la” com uma estimativa de valor de mercado que os bancos usarão para tentar lhe empurrar todos os tipos de empréstimos, até mesmo os mais arriscados?

Estima-se que apenas na música, Rihanna tenha acumulado um patrimônio de US$ 150 milhões (R$ 768,9 milhões) líquidos, aí já descontados os altos impostos que ela pagou ao longo da vida, seu igualmente alto custo de vida e outras despesas. Difícil dizer quanto exatamente a estrela tem no banco, mas nenhum multimilionário ou bilionário mantêm seus investimentos em dinheiro vivo, o que poderia lhes causar prejuízos. Rihanna fez bem, portanto, ao investir algo desses US$ 150 milhões que ganhou na Fenty, que agora vale – no papel, frise-se – em torno de US$ 1,5 bilhão (R$ 7,7 bilhões).

Mas a empresa vai precisar continuar criando novos produtos e atraindo novos clientes para manter seu crescimento, sey hype. Nesse ponto, conta em seu favor o fato de que o segmento em que atua – o de produção de produtos de beleza para pessoas de pele mais escura – é um dos que mais crescem. Contra, conta o fato de que gigantes da “beauty industry” como a L’Oréal e a Revlon já perceberam isso, e ao contrário do LVMH, que preferiu se associar a RiRi para conquistar logo de cara esse público, as empresas parecem estar mais interessadas em se tornarem concorrentes da mais nova bilionária do pedaço. Em resumo, continuar valendo tanto, mesmo que se trate apenas de uma cifra aleatória, é algo que requer muito trabalho. (Por Anderson Antunes)

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