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1. Há uma corrente crescente de economistas que já incluem em sua agenda dois graves problemas que, inevitavelmente, influirão no destino de todos os cidadãos do Mundo no século XXI. Trata-se do problema demográfico e do problema do aquecimento global. Eles, obviamente, são independentes. A Terra é uma astronave circulando em torno do Sol, sem nenhuma ligação física externa. O que isso significa? Que os humanos que se supõem “proprietários” da Natureza vão ter, mais dia menos dia, de acertar suas contas com ela. Por que? Porque no seu processo vital eles esquecem disso, usam recursos naturais finitos e os devolvem degradados à Natureza. De que depende a duração desses recursos? Basicamente, do número de habitantes da Terra, do seu nível de consumo e do desenvolvimento da ciência e da tecnologia que economiza a quantidade de recursos naturais por unidade de consumo.

2. A situação é complicada porque somos hoje um pouco mais de 6 bilhões de pessoas e algumas projeções (sempre sujeitas a “chuvas e trovoadas”) sugerem que poderemos ser quase 9 bilhões em 2050. Como todos os que não têm, ainda, pretendem alcançar a mesma renda dos atuais países da Europa Ocidental (cerca de 20.000 a 25.000 dolares americanos de 2009), o volume de produção mundial em 2050 terá de ser três vezes maior do que o PIB atual! Precisamos de mais duas Terras!

3. O espaço de que dispomos já está dando sinais de esgotamento, como prova a ameaça de aquecimento global que exige algum mecanismo de controle, sob pena de chegarmos a uma catástrofe. No caso brasileiro, por exemplo, se o aquecimento mundial continuar no ritmo atual é seguro que teremos profundas modificações na nossa agricultura, na geração de energia, no regime de chuvas, nas doenças endêmicas, na biodiversidade, etc.

4. Tudo isso sugere que será preciso reduzir não apenas o ritmo de crescimento da produção do Mundo mas, principalmente, reduzir a sua desigualdade para acomodar a necessidade e o desejo de maior bem estar dos países que estão “atrasados”. Não se trata de problema político trivial. Ele será resolvido civilizadamente com a cooperação de todos os países ou acabará sendo pela força a favor, dos que detém autonomia militar…

5. O problema demográfico brasileiro é o oposto do Mundo: nossa população vai começar a declinar antes de 2040, com uma importante mudança da estrutura etária. Apenas como um exemplo, veja o quadro abaixo onde registramos o número de habitantes e sua faixa em 2008 e 2030:

6. As conseqüências dessa evolução para a assistência e para a previdência social serão dramáticas se não atentarmos para a gravidade do problema demográfico.

Por Antonio Delfim Netto

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