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1. A primeira usina nuclear para produzir energia elétrica comercial foi instalada em Obninsk, na velha União Soviética, em 1954. Hoje funcionam nada menos do que 439 usinas nucleares, em 30 diferentes países. Quase 2/3 delas nos EUA(104), França (59), Japão (55) e Rússia (31). Estão em construção mais 41: 7 na Rússia, 6 na China, 6 na Coréia e 6 na Índia e, talvez, uma no Brasil. O tempo médio de construção dessas usinas é da ordem de 60 meses. No Brasil, Angra 3, iniciada nos anos 80, talvez fique pronta em 2014. Temos planos para construir mais 8 usinas no século XXI!

2. A demanda mundial de energia cresce, praticamente, na mesma proporção do crescimento do PIB, a despeito da substancial redução da relação Energia/PIB produzida pelos avanços tecnológicos e pelos estímulos da recorrente elevação do preço do petróleo. A energia nuclear já supre aproximadamente 16% do consumo de eletricidade do mundo e quase 25% do consumo dos países ligados à OECD. No cenário mais favorável para a expansão do setor estima-se que ele poderá fornecer, em 2050, em torno de 25% do consumo mundial de energia elétrica.

3. O problema da energia nuclear é que ela é "limpa", mas deixa um resíduo extremamente "sujo". Além disso, no imaginário popular é temida como uma bomba atômica em potencial. Essas objeções e a variação dos preços do petróleo determinaram os "ciclos" de sua utilização. No período que antecedeu a primeira crise do petróleo (1954-1973) foram construidos 7 reatores por ano. Depois (1974-1990), com os enormes problemas gerados pela insegurança energética dos países pela crise do petróleo de 1979, 18 reatores por ano. A partir de 1991, com a redução do preço do petróleo e a resistência da sociedade à expansão desse tipo de energia, a construção caiu para 4 instalações por ano.

4. Com a nova crise do petróleo e com a tremenda insegurança produzida pela dependência da Eurolândia do gás e petróleo que o fornecedor, a Federação Russa, transformou num instrumento de pressão política, muitos países europeus (Suécia e Alemanha, por exemplo) decidiram enfrentar o problema. Tentam convencer suas populações que a energia nuclear é, sim, mais cara, mas menos "suja" do que parece e mais segura do que se supõe. É, portanto, mais "barata" do que a eventual falta de energia. A "conversão" do sentimento de terror da sociedade contra a energia atômica tem sido mais aparente nos grupos "verdes" inteligentes que agora a suportam. Estes começam a entender que ela pode ser um fator importante para reduzir a emissão de CO2 produzindo energia com o padrão de segurança exigido e diminuindo os enormes danos à saúde produzidos pela energia gerada pelo uso de combustíveis fósseis.

Antonio Delfin Netto

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