Presa desde o começo de julho em uma penitenciária de segurança máxima localizada na região do Brooklyn, em Nova York, Ghislaine Maxwell estaria sendo submetida às mesmas regras rígidas de controle e circulação aplicadas a terroristas e assassinos que também cumprem pena lá. Isso de acordo com os advogados da socialite britânica, que é acusada de ter orquestrado junto com Jeffrey Epstein, seu ex-namorado, um esquema de pedofilia e tráfico sexual sem precedentes pelo qual poderá ser condenada a passar até 35 anos atrás das grades (e ainda levar para o xilindró outros grandes nomes consigo, caso eventualmente abra a boca para falar tudo que sabe…).
De acordo com sua equipe de defesa, Maxwell seria acordada todas as noites e a cada 15 minutos por uma lanterna automática cuja finalidade é checar se ela está respirando normalmente, algo que as autoridades de NY decidiram utilizar para evitar que seu fim acabe sendo o mesmo de Epstein, que teria se suicidado na prisão em agosto do ano passado.
Além disso, afirmaram os defensores de Maxwell em uma petição que encaminharam ao juiz que cuida do caso dela nessa semana, com o objetivo de pedir o relaxamento de algumas dessas condições, sua cliente praticamente vive em regime de solitária e tem todos os seus passos acompanhados por câmeras secretas e agentes carcerários que não a deixam sozinha em momento algum.
Recentemente, também garantem eles, Maxwell teria sido exposta indevidamente ao contato com um desses agentes que mais tarde foi diagnosticado com Covid-19, e por isso precisou ser mantida em isolamento total durante 14 dias. Na visão deles, tudo não passa de um grande exagero, já que a outrora bff de ex-presidentes e de príncipes não representa um risco para si mesma ou para terceiros. Vale lembrar que vários pedidos oficiais para que Maxwell seja liberada para cumprir prisão domiciliar sob uma fiança de US$ 5 milhões (R$ 26,8 milhões) foram negados nos últimos meses. (Por Anderson Antunes)