Publicidade

por Flávio Gikovate


 


O travesti é um personagem intrigante que interessa principalmente a um bom
número de homens heterossexuais. Nascidos meninos, desde cedo se identificam com
o gênero feminino e, ao crescer, transformam seu corpo (afora os genitais) com o
intuito de parecerem mulheres.


São extravagantes no vestir, despertando o desejo visual masculino com uma
ousadia que falta à grande maioria das mulheres. Diferem dos transexuais que
querem efetivamente assumir a condição feminina. O travesti quer parecer mulher
mas não quer ser.


É constrangedor para a maioria dos homens sentir desejo por eles (elas?) –
mas sentem; muitos se iludem dizendo que não perceberam a diferença. Sentir
desejo por um homem é ser homossexual e este “fantasma” continua a espantar a
quase todos. O constrangimento se atenua porque o travesti desperta o desejo
justamente por suas características femininas (adquiridas de forma artificial e
bastante trabalhosa), de modo que alguns se atrevem a chegar perto deles.


Pode parecer inesperado, mas o fato é que um bom número de homens se aproxima
dos travestis justamente por serem “falsas mulheres”, por possuírem o pênis. No
início assumem o papel ativo no ato sexual mas aos poucos vão ganhando coragem
de se aproximar do pênis e mesmo de serem penetrados.


O prazer experimentado leva muitos a um estado de alarme, pois este tipo de
gozo é interditado aos heterossexuais: onde já se viu sentir excitação táctil
por força da estimulação anal? Que dizer então da penetração anal?


A verdade é que as sensações masculinas relacionadas com a região anal
parecem ser mais fortes do que aquelas sentidas pelas mulheres.


Arrisco aqui uma hipótese para explicar o gosto pelos travestis: a vergonha,
a culpa e os temores da homossexualidade se atenuam muito porque eles estão se
relacionando não com homens de verdade mas com “quase mulheres” que despertam
neles forte desejo visual (típico do contexto heterossexual). O tema é complexo.
Voltarei a ele na próxima coluna.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Gisele e o boom das propriedades equestres de luxo

Gisele e o boom das propriedades equestres de luxo

Esse artigo explora a crescente tendência no mercado imobiliário de luxo de valorização de propriedades com instalações equestres de alta qualidade. Utilizando o exemplo recente de Gisele Bündchen, que investiu milhões em um château na Flórida, GLMRM ilustra como essas instalações se tornaram mais do que um mero “extra”. Elas agora são consideradas investimentos inteligentes, especialmente em tempos de incerteza econômica, e representam um estilo de vida exclusivo que atrai a elite financeira global.

Instagram

Twitter