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Antonio Delfim Netto


1.Estamos todos assustados com a crise que se abateu sobre a economia
mundial. Ela ameaça o Brasil no momento em que ele recuperou o seu “espírito de
crescimento”, depois de 25 anos de patinação:entre 1986 e 2006 nosso PIB “per
capita” cresceu pouco mais de 1% ao ano. Assusta ainda mais a geração jovem que
aplicou as suas parcas economias na BOVESPA para financiar novos investimentos
acreditando na volta ao crescimento robusto que tivemos entre 1950 e 1986 (6,5%
ao ano). Três observações são importantes para dar-lhes algum conforto.


2.Primeira. O mercado de capitais, em particular a bolsa de valores, é
instituição fundamental para o  financiamento dos investimentos numa
economia capitalista. Ao mesmo tempo em que a compra e a venda de ações de
companhias abertas sujeitas às regras de boa governança facilita os
investimentos que aumentam a produção e a  produtividade do trabalho e,
portanto, o emprego e o salário de todos nós, ela permite que os fundos de
pensão (e as pessoas físicas) encontrem um instrumento auxiliar na construção de
nossas aposentadorias quando a idade tiver chegado… Não é por acaso que as
sociedades economicamente mais desenvolvidas e de maior nível de bem estar
tenham, também,as bolsas de valores melhor reguladas. No nosso caso a BOVESPA é
um exemplo de boa governança e sofisticação.


3.Segunda. A economia de mercado é o mecanismo mais eficiente que o homem
descobriu (não inventou!) ao longo de sua história para produzir os bens e
serviços de que necessita sem ter que sacrificar a sua liberdade pessoal. Ela é
a única que permite o avanço constante da produtividade do trabalho (que é o
próprio desenvolvimento econômico) juntamente com o regime de liberdades
democráticas. Ela é o passaporte para a civilização. Obviamente tem seus
problemas. Um deles é exatamente a tendência à flutuação. Nos últimos dois
séculos registram-se pelo menos 46 crises de proporções notáveis, das quais a
economia de mercado sempre saiu aperfeiçoada. E é o que vai acontecer com a
crise atual…


4.Terceira. Um século de observação das cotações das ações nas principais
bolsas de valores do mundo mostra que nenhuma outra aplicação supera seu
rendimento real, quando se considera o longo prazo. Portanto, se você tiver
liquidez e sangue frio, compre!

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