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Por Antonio Delfim Netto


Lentamente, diante da evidência que os conselhos do famoso Consenso de
Washington não produziram o resultado que dele se esperava nos países que os
seguiram cuidadosamente (não foi o caso do Brasil que esqueceu, por exemplo, de
manter a taxa de câmbio competitiva) e com o declínio da correta mais
insuficiente receita de privatizar as empresas estatais e desregular os
mercados, começa a formar-se outro consenso (já incorporado pelo FMI e Banco
Mundial). Nele o Estado volta a ter o papel muito importante de catalisador do
desenvolvimento. Ele não produz o desenvolvimento, mas este não acontece sem a
sua indução. Até a “política industrial” que é anatemanizada  (com
argumentos religiosos) por alguns de nossos brilhantes economistas cientistas
começa a merecer alguma indulgência…


A descoberta de petróleo na chamada camada do “pré-sal” alterou a perspectiva
econômica e social do Brasil. Nossa história econômica mostra que só dois
fatores têm a capacidade de abortar nossos desenvolvimento: a falta de energia e
o déficit continuado em conta corrente. A exploração do petróleo quando
realizada eliminará, simultaneamente, os dois. No final de 2007 as reservas
mundiais provadas de petróleo eram da ordem de 1.240 bilhões de barris e a do
Brasil da ordem de 12,6 bilhões ou seja 1%. Ainda é muito cedo para saber
exatamente, mas há uma grande probabilidade de que tenhamos mais 50 ou 60
bilhões de barris o que nos colocaria entre as 10 maiores do mundo. Isso
significa uma riqueza que precisamos utilizar com o maior cuidado em benefício
de toda a sociedade brasileira de hoje e das gerações futuras. Aqui não há lugar
para populismo ou patriotadas…


Em matéria de energia que é o fator que move o trabalho dos homens (calorias
dos alimentos) e das máquinas a situação brasileira será excepcional. Temos hoje
a matriz energética mais limpa do mundo (46% de energia renovável),
desenvolvemos o etanol e a tecnologia dos carros flex-fuels que o usa. O
biodiesel começa agora a assumir maior musculatura usando como matéria prima
produtos que não competem com a produção de alimentos. Para encontrar o seu
destino o Brasil precisa de apenas duas coisas: paciência e inteligência.

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