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The Ick
Getty Images

Ranço, bode, preguiça… Quantos nomes já demos para aquele sentimento que não sabemos muito bem como explicar, mas incomoda e nos faz perder na hora o interesse, encanto e até mesmo afeto por tal pessoa, situação ou lugar? A mais nova nomeação, pelo menos nos Estados Unidos, é “the ick”, que em tradução livre pode significar, literalmente, “eca”.

Diferentemente dos ranços habituais, o “ick” está diretamente ligado ao amor e o problema que pode ser despertado por pequenas atitudes e situações que a pessoa amada possa fazer e não agradar o outro. Entre elas, espirrar alto demais, o jeito que anda ou senta. No TikTok, aplicativo de vídeos curtos queridinho da geração Z, a expressão viralizou entre os jovens que passaram a compartilhar quais motivos os levaram a sentir “ick” pelo crush da vez.

@spxiled_milk

live laugh love except dont bc i’ll get the ick

♬ original sound – The Forgotten Songs

Apesar de engraçada, a tendência que vem ganhando força nas redes sociais, acumulando milhões de visualizações, pode esconder algo muito maior: o pavio curtíssimo da geração atual para os relacionamentos. Afinal, para esse sentimento vir à tona nada de muito importante precisa acontecer. Mínimas situações, atitudes, falas, jeitos ou manias já são suficientes para o “ick” surgir. Encontrar e ressaltar defeitos nunca foi tão fácil, o que gera cada vez mais intolerância em relação às atitudes alheias.

Para além do pavio curto, outra possibilidade que especialistas comportamentais levantam é que sentir “nojo” de uma pessoa por algo tão mínimo pode ser um mecanismo de autodefesa. Desse modo, o indivíduo se protege contra um possível relacionamento fracassado, o medo do compromisso, da intimidade ou da rejeição.

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