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por Antonio Delfim Netto


Depois das Olimpíadas a Federação dos Sindicatos de Trabalhadores de toda a
China (FSTTC) promete apertar o cerco sobre as empresas privadas estrangeiras
para que assinem acordos que protegem os trabalhadores e lhes dão direitos no
seu processo decisório. A FSTTC conta hoje com quase 200 milhões (é isso mesmo!)
de trabalhadores e é uma emanação do Governo e do Partido Comunista Chinês. Logo
pode criar facilidades ou dificuldades.
 
* As empresas estrangeiras
que custam  a aderir têm sido muito incomodadas: algumas vezes
constrangidas com notícias não inteiramente verdadeiras publicadas na imprensa
(controlada  pelo Partido). Empresas que foram para a China aproveitar seu
imenso mercado, a sua logística e seus subsídios começam a sentir o calor da
frigideira… Esta é a oportunidade para o Brasil desenvolver sua plataforma
exportadora atraindo novas empresas, uma vez que o grosso do comércio mundial é
hoje intra-empresas.


* A taxa de inflação deu uma trégua, resultado da nova safra e da redução dos
preços externos das “commodities” (o petróleo, os metais e os grãos). Antes que
alguém se entusiasme é bom dizer que isso não tem nada a ver com a nossa
política  monetária. É certo que algum analista financeiro entusiasmado com
o aumento de 75 pontos na taxa SELIC vai sugerir que foi este que produziu a
queda dos preços nos mercados internacionais e que, portanto, precisamos de mais
75 pontos. E por que não?


* É comum ouvir-se a afirmação que em economia não existe almoço grátis. Pois
ela é verdadeira: a queda dos preços internacionais que ajuda o Banco Central no
combate à inflação é também séria ameaça para o déficit em conta corrente, uma
vez que a “super-valorização do Real” produzida pelo enorme diferencial de juro
real interno e externo pode cobrar o seu preço. O volume de nossas
exportações  está em declínio e o aumento do seu valor deve-se apenas aos
preços que agora estão caindo. A política monetária “tempestiva” ameaça,
portanto, pregar duas peças ao Brasil: destruir o equilíbrio fiscal e piorar o
já complicado equilíbrio externo.

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