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1. O problema de determinar as causas do aquecimento global da atmosfera terrestre é muito complexo. Provavelmente ele é uma combinação de causas naturais (devidas ao próprio movimento da Terra) e da atividade humana que utiliza energia para sobreviver (produção de alimentos) e para aumentar sua produtividade (bens de capital). Toda produção humana, de uma forma ou de outra, produz dióxido de carbono (o famoso CO2) que é um importante gerador do efeito estufa.

2. Em poucas palavras: a produção de todos os bens e serviços que a humanidade utiliza é sempre acompanhada da produção de CO2. A conclusão dessa tragédia é que deve haver um limite para a expansão da população mundial. Provavelmente, pelos efeitos devastadores das variações climáticas a que estamos assistindo, ele não deve estar longe… Os caminhos à nossa disposição são: 1º) um desenvolvimento tecnológico que permita aumentar a produção de bens e serviços com menor liberação de CO2 (que é o que ocorre, por exemplo, quando usamos etanol em lugar de gasolina); 2º) encontrar meios de extrair da atmosfera e armazenar o CO2, ou 3º) reduzir a produção de bens e serviços e, com isso reduzir o bem estar da humanidade.

3. O problema está intimamente ligado ao do desenvolvimento econômico ecologicamente sustentado. A experiência tem mostrado que problemas com tal complexidade e importância tendem a gerar nas mentes mais generosas e ingênuas, soluções simples, radicais e… erradas!

4. Apenas para dar um exemplo concreto. O Brasil tem hoje um setor produtor de carne no “estado da arte”. Somos o primeiro exportador mundial do produto. É natural, portanto, que nossos concorrentes internacionais (que influem nos seus governos, da mesma forma que ocorre no Brasil!) procurem ligar nossa produtividade ao mau uso de nossos recursos naturais (derrubada da floresta amazônica, existência de febre aftosa, utilização de mão de obra escrava, etc.). E, o que parece ser o argumento definitivo: as pastagens degradariam para sempre os biomas em que se instalam.

5. É claro que todas essas afirmações precisam de uma sustentação empírica. Pois bem. Pratica-se no Pantanal matogrossense a pecuária extensiva há quase três séculos. Uma pesquisa séria concluiu recentemente que 85 da vegetação nativa está intacta e que aquela prática contribuiu para a conservação ambiental da região que hoje representa o ecosistema com melhor índice de conservação do País!

Antonio Delfim Netto

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