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Por Thayana Nunes

Pedro Baby está em alta e só nesta semana teve que arranjar várias desculpas para não encontrar os amigos. Nesta terça-feira, o guitarrista participa do Programa do Jô ao lado de Gal Costa e, na quinta, se apresenta com a mãe, Baby do Brasil, na gravação do “Estúdio MTV”. No sábado, sobe ao palco com Ana Carolina no Mato Grosso. Para completar, continua com a turnê de Gal, “Recanto ao Vivo”, e ainda está produzindo seu primeiro trabalho solo, a ser lançado neste ano… Ufa!

Pedro é autodidata e filho de Pepeu Gomes, considerado um dos melhores guitarristas do Brasil. Daí já dá para justificar o talento do moço. Começou a tocar violão aos 14 anos só de olhar o pai. Moraes Moreira e Nando Chagas – que foi seu padrasto – também serviram de inspiração. “Fruto” dos Novos Baianos, de João Gilberto e de suas experiências com Daniel Jobim, Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Bebel Gilberto e de todas as pessoas para quem já tocou. “É uma dádiva estar vivendo essa experiência”, disse ele ao Glamurama. Conheça mais de perto Pedro Baby, 34 anos e um dos músicos mais hypados da nova geração.

– Você sofreu algum tipo de bullying na infância e adolescência por causa do nome? “Se tivesse mais de um Pedro na sala de aula já bastava para tirarem sarro de mim. Sofri um pouquinho de bullying, sim. Mas foi importante e agradeço. Acho que quando passamos por uma situação assim formamos uma personalidade mais forte. E evitou de eu ganhar um apelido. Meus amigos até hoje me chamam de “Baby.”

– Seu pai, Pepeu Gomes, é um grande guitarrista. Vocês não pensam em fazer algo juntos? “Parceria ainda não rolou. Meu pai mora longe, então não falo muito com ele. Ele até fica sabendo das coisas por outras pessoas. Mas não ligo muito para isso, essa coisa de influência. Sempre fiz tudo sozinho. Mas lembro de uma história… Quando morei nos Estados Unidos, ele foi me assistir uma vez e eu estava usando tênis. Ele gostou do show, mas depois me chamou e disse que eu não podia tocar de tênis, que no dia seguinte iríamos sair para comprar um sapato. Ele curte minha carreira. Não é meu conselheiro, é um grande admirador.”

– Não foi ele quem te ensinou a tocar guitarra? Sou autodidata, mas tive o auxílio luxuoso de Nando Chagas, meu padrasto. Meu pai nunca me ensinou, não tinha a pegada didática, mas ver ele tocar sempre foi uma aula. Só de ver.”

– Você viveu alguns anos em Nova York tocando em bares. Foi importante para sua carreira? “Foi extremamente importante. Se não tivesse acontecido, dificilmente teria me desenvolvido e não teria a carreira de hoje. Isolamento foi essencial, ser tratado como uma pessoa normal, sem nenhum privilégio…”

– E sua mãe, Baby do Brasil? Por que essa parceria só agora? “O trabalho com a Baby veio dessa história toda com a Gal, desse carinho maternal que tenho por ela. Como posso ter um trabalho com Gal e não com a minha mãe? Ter uma mãe supercantora em casa e não aproveitar… Comecei a ficar incomodado, precisava fazer isso com ela. Quando ela fez 60 anos, dei esse presente. Foi tão bacana e tão forte! No final deste ano vamos gravar um DVD.”

– Com quem você tem uma relação mais legal no palco: com a Baby ou com a Gal? “Agora estou vendo mais a Gal por causa da turnê. É uma relação ótima. Com a Baby…  É muito difícil trabalhar em família e estou um pouco distante, mas é uma distância saudável. Minha mãe está superfeliz.”

– Você tem alguma religião? É evangélico como sua mãe e irmã? “Não sigo uma religião, mas sou muito espiritualizado, acredito em fazer o bem para receber o bem. Deus está dentro de você, não precisa ser um homem da Igreja. Para minha mãe foi muito importante, mas para mim não. Tenho Deus no coração. Consulto Ele o tempo  todo.”

– Você não esconde que suas inspirações são João Gilberto, Moraes Moreira, Novos Baianos… Gosta de axé, sertanejo, pagode…? “É um retrato da realidade da gente, não vejo nada de mal. Tudo está passando tão rápido, a vida está no Instagram. Sempre penso: ‘por trás daquilo tem alguém muito dedicado, que passou por muita coisa para chegar aonde está’. Mas tem aquela mentalidade de ganhar dinheiro, acessar o público mais popular, produzir coisas mais instantâneas… Aí a qualidade fica mais prejudicada mesmo. Todos agora querem virar celebridade. Para mim música é carreira, é história, é relação com o público, é ver ele envelhecendo com você”.

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