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Catherine Deneuve
Foto:Martin Kraft, via Wikimedia Commons

Um das mulheres mais elegantes da história, Catherine Deneuve foi a escolhida pela Saint Laurent para ser a primeira convidada do “Smoking Le Podcast”, um podcast lançado na última sexta-feira (15) pela maison francesa cuja direção-criativa está nas mãos do belga Anthony Vaccarello desde 2016.

Parte do Saint Laurent Rive Droite, um hub cultural criado há três anos pela grife fundada em 1961 pelo falecido estilista que lhe dá nome, o programa de áudio virtual apresentado pela jornalista francesa Pascale Clark já nasceu com a revelação, feita por Deneuve, de que os holofotes e as grandes audiências sempre a deixaram intimidada.

Deneuve, de 78 anos, e até então sempre conhecida por seu semblante de altivez nos tapetes vermelhos e afins pelos quais passou, sem jamais denotar qualquer tipo de insegurança, também contou para Clark que profissões no universo da arquitetura ou da pintura lhe chamaram a atenção muito antes de sua estreia no cinema, no filme “Amores de Colegiais”, de 1957 e dirigido por André Hunebelle.

A atriz diz que nem um minuto sequer na época ter imaginado que se tornaria um dos maiores nomes da sétima arte internacionalmente, na qual acabou construindo uma das carreiras mais bem-sucedidas, culturalmente relevantes e admiradas de que se tem notícia.

E tão ícone fashion quanto da telona, a eterna estrela de “A Bela da Tarde”, filme de 1967 que protagonizou sob a direção do mestre Luis Buñuel, Deneuve revelou ainda que ter conhecido Vaccarello em um festival de 2017 realizado em Marrakech, no Marrocos, em homenagem a Yves Saint Laurent. O gênio da moda morto em 2008, de quem a atriz foi uma das melhores amigas, a fez perceber que o estilista de 40 anos é tão talentoso e bem articulado, apesar de bastante tímido, quanto era seu lendário bff, o que considerou positivo.

Por fim, Clark quis saber se a entrevistada número um de seu “Smoking Le Podcast” pode ser definida caleidoscopicamente por sua filmografia. Ao que ouviu dela como resposta e em tom de mistério que sua persona cinematográfica pode ser melhor notada em um zigue-zague dos longas em que atuou.

Nas próximas edições do programa online, sua apresentadora deverá receber Charlotte Gainsbourg, Laetitia Casta, o cineasta argentino Gaspar Noé e o ator francês Félix Maritaud, além de muitos outros convidados famosos e igualmente artsys que já confirmaram presença na atração.

A propósito, François-Henri Pinault, CEO do conglomerado de marcas de luxo francês Kering, dono da Saint Laurent, declarou recentemente que iniciativas tech como o Saint Laurent Rive Droite e sua série de áudio via streaming farão cada vez mais parte da gigante que comanda e de suas subsidiárias.

“Já temos uma equipe inteira trabalhando exclusivamente em produtos para o metaverso e para a Web3 [um novo tipo de internet que usa tecnologia blockchain]”, Pinault disse semanas atrás em uma entrevista que deu para o canal de notícias econômicas americano “CNBC”.

O executivo vai na contramão de seu maior concorrente, Bernard Arnault, dono do LVMH, que no começo do ano desdenhou da nova camada de realidade 3D que não sai da cabeça de Mark Zuckerberg e movimentou mais de US$ 100 bilhões (R$ 468,4 bilhões) em 2021, cifra prevista para aumentar em até US$ 700 bilhões (R$ 3,28 trilhões) em 2024, ao afirmar que seu foco, por enquanto, “é o mundo real”.

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