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Mark Zuckerberg
Anthony Quintano from Westminster, via Wikimedia Commons

A última reunião do conselho de administração da Meta Platforms, Inc. foi tensa, pra dizer o mínimo. Apesar de ter acontecido bem depois da divulgação do último balanço da holding dona do Facebook, Instagram, WhatsApp e Oculus (fabricante de equipamentos de realidade virtual), no começo de fevereiro, que continha cifras exorbitantes o que todos queriam mesmo saber é se Mark Zuckerberg, cofundador e maior acionista da companhia, vai mesmo dedicar a maior parte de seu tempo planejando o desenvolvimento dos produtos para o metaverso que acredita que serão consumidos pelas massas em um futuro bem próximo.

Na ocasião, os mais indignados eram os representantes dos mais de 4 mil acionistas minoritários da Meta, que culpam Zuck e sua obsessão pelo mundo virtual em 3D pela queda de 34% só nesse ano no valor de mercado da megaempresa sediada em Palo Alto, na Califórnia – o que custou a ele sua saída do clube dos centibilionários em dólares americanos. Em tempo: a Meta Platforms, Inc. tem uma capitalização de US$ 587,7 bilhões (R$ 2,73 bilhões) na bolsa de valores eletrônica Nasdaq, dos Estados Unidos, na qual já chegou a valer US$ 1 trilhão (R$ 4,64 trilhões).

Zuckerberg, claro, continua riquíssimo, com uma fortuna de US$ 78,6 bilhões (R$ 364,7 bilhões) no momento. Mas para aqueles que possuem apenas alguns papéis da Meta e, em alguns casos, todas as suas economias neles, sua desvalorização é algo bem sério. Investidores institucionais da Meta, como as firmas de investimento Vanguard Group Inc. e BlackRock Inc., donas de 7.7% e 6.6%, respectivamente, do capital da empresa-mãe nascida em outubro do ano passado e estrategicamente batizada a fim de deixar claro a visão de seu chefe sobre o metaverso, também demonstraram preocupações sobre aquilo que muitos ainda veem como algo utópico – mesmo apesar de ter movimentado perto de US$ 40 bilhões (R$ 185,6 bilhões) em 2021.

O marido de Priscilla Chan, no entanto, não aparentou estar nervoso em nenhum momento do encontro corporativo, o que deve ter sido ótimo para o assistente que o multibilionário tem sempre por perto e cuja única função seria secar suas axilas, conforme publicado no livro de 2020 “Facebook: The Inside Story”, algo como “Bastidores do Facebook”, de Steven Levy.

Zuckerberg já sofreu muita desconfiança no passado, quando procurou investidores, em 2004, para apostar em um certo site de relacionamentos que tinha em mente e para a maioria deles soava como uma furada digna de risadas. Hoje, esse mesmo site conta com quase 3 bilhões de usuários em todo o planeta e rendeu até um filme sobre sua história de sucesso.

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