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Fachada da loja-sede da Tiffany’s em Nova York || Créditos: Reprodução
Fachada da loja-sede da Tiffany’s em Nova York || Créditos: Reprodução

Um dos maiores negócios do segmento de luxo anunciados em 2019 – que foi a compra bilionária da icônica americana Tiffany & Co. pelo grupo francês LVMH – corre o risco de subir no telhado. O que está pegando nesse caso é a rápida deterioração sem precedentes do cenário econômico nos Estados Unidos por causa da pandemia e, por último, os protestos pelo assassinato de George Floyd na semana passada, que tem causado fortes tensões sociais por lá. Ambas as situações podem colocar em risco o crescimento de longo prazo previsto para a joalheria das joalherias pelo pessoal do LVMH no ano passado, sem falar que a cifra de US$ 16,2 bilhões (R$ 81,5 bilhões) a ser desembolsada por eles pelo fechamento da transação, e que ainda não foi paga porque sua validação está sob análise das autoridades dos EUA e da França, agora está sendo vista como alta demais.

Parte do montante equivale às dívidas da Tiffany’s que o LVMH assumiria quando anunciou a aquisição, em novembro, o que parecia razoável há quase seis meses, quando o mundo ainda não havia sido virado de cabeça pra baixo pelo novo coronavírus, mas não soa nada bem em momentos de crise como o atual, quando ter muito dinheiro em caixa e apertar o cinto é fundamental para as grandes corporações. CEO e principal acionista do conglomerado de grandes marcas, Bernard Arnault (cuja fortuna encolheu US$ 30 bilhões/R$ 151 bilhões só por causa da Covid-19) sempre teve um olho na gigante fundada em 1887 por Charles Lewis Tiffany sobretudo por causa de sua forte presença nas Américas, região que respondeu por 43% de suas receitas no último ano fiscal. (Por Anderson Antunes)

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