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Bernard Arnault
Foto: Jérémy Barande / Ecole polytechnique Université Paris-Saclay

Primeiro e segundo colocados no ranking das pessoas mais ricas do mundo, Elon Musk e Bernard Arnault fizeram fortuna em setores bastante diferentes. O sul-africano naturalizado norte-americano, por exemplo, tem um histórico de empreitadas das mais variadas no começo de sua vida empresarial, mas acabou chegando aonde chegou mesmo graças à Tesla, a montadora americana de carros elétricos (EVs, da sigla em inglês “Electric Vehicles”, ou “carros elétricos”) que cofundou em 2003. A companhia com ações negociadas na bolsa de valores eletrônica NASDAQ, dos Estados Unidos, tem capitalização de US$ 884 bilhões. E olha que é consenso entre muitos analistas que seu auge ainda está por vir, dado que as vendas de EVs sequer deslancharam – algo inevitável, acreditam esses experts.

Já Arnault, que é francês, é o dono do LVMH, maior conglomerado de marcas de luxo do mundo. E como o segmento desses produtos para poucos promete continuar bombando fortemente por muito tempo, tanto por conta da continuidade do crescimento da riqueza global nos últimos tempos (66% entre 1998 e 2018, segundo o Banco Mundial), quanto por ter o diferencial de que seus produtos e serviços contêm altas margens de lucros. O resultado desse horizonte estrelado é evidenciado pelos patrimônios pessoais de Musk e Arnault: US$ 251,2 bilhões e US$ 227,7 bilhões, respectivamente. Arnault, no entanto, dispõe de vantagem que poderá realçá-lo à primeira posição na lista dos mais ricos.

Dono de 49% da Lotus, a lendária montadora de automóveis esportivos britânica, ele tem como principal objetivo nesse momento a aquisição dos 51% restantes do capital da empresa detidos pela gigante automotiva chinesa Zhejiang Geely Holding Group Co. O negócio é parte de uma estratégia dele para competir de igual para igual em um futuro não muito longe com a Tesla, meio que previamente engatilhado pelo sucesso obtido com o lançamento, em fevereiro, do Eletro, o primeiro automóvel totalmente alimentado por energia elétrica desenvolvido pela divisão de tecnologia da Lotus, a Lotus Tech. Na mesma época, por sinal, Arnault e seus sócios chineses iniciaram conversas para tratar da abertura de capital da fabricante do carro de corrida da Fórmula 1 no qual Ayrton Senna conseguiu sua primeira vitória, em 1985, no Grande Prêmio de Portugal; cujo valor de mercado em potencial foi então estimado em US$ 5,4 bilhões.

Claro que Arnault continuaria tendo como foco se de fato vier a apostar mais alto nos EVs, os motoristas de alta renda, que nesse caso específico também seriam majoritariamente pertencentes à geração Z, definição para os nascidos entre 1992 e 2010. Justo o grupo populacional que reúne os mais propensos a comprar esses carros eco-friendly, devido ao interesse pela pegada de sustentabilidade em relação a tudo que consomem. O único problema é que o pessoal da Geely também está ciente dessa visão de médio prazo mais do que animadora, e por isso reluta em se desfazer de sua fatia majoritária da Lotus. Um problema que, na verdade, nem é tão grande assim quando se lembra que a parte interessada em colocar a mão no bolso tem mais de duas centenas de bilhões de dólares na conta.

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