Lembra que GLMRM contou, no fim de semana passado, que os ativos colecionáveis estão em alta no mercado? Apesar de não ser uma novidade, esse tipo de investimento em itens raros e de luxo, desde bolsas de grifes como Chanel e Hermès a carrões da Ferrari, se tornou um dos mais hypados da atualidade.
Isso ocorre em parte por causa da crise causada pela pandemia de Covid-19, que gerou incertezas em muitos segmentos, fez a inflação disparar em vários países e, por consequência, causou uma busca sem precedentes por portos mais seguros para se alocar grandes quantias de dinheiro, já que nas bolsas mundiais os altos e baixos cada vez mais constantes dão sinais de que uma nova tempestade financeira pode estar se formando. E isso sem mencionar as criptomoedas, cujos prejuízos só nesse em 2022 ultrapassam a casa das centenas de bilhões de dólares.
Mas nem tudo são más notícias, como no caso dos colecionadores de relógios pra poucos. No primeiro semestre do ano, os leilões desses contadores de horas que em alguns casos chegam a valer tanto quanto um Picasso movimentaram US$ 106,5 milhões (R$ 575,7 milhões) apenas entre os organizados pela Christie’s – um recorde, e quase 14% a mais do que no mesmo período de 2021. E apenas com uma dessas vendas no martelo, de uma coleção de Patek Philippes, a casa leiloeira centenária levantou mais de US$ 41,6 milhões (R$ 225 milhões).
Pra quem não sabe, os Patek Philippes, de fabricação suíça, são considerados os mais exclusivos dos relógios de pulso. Tanto que seu slogan já foi “se você nunca ouviu falar em um Patek Philippe, é porque não nasceu para ter um”. Entre os entendidos em “horlogerie”, palavra francesa que define o nicho dos que sabem tudo sobre essas relíquias que marcam o tempo, circula a máxima de que “ricos têm Rolexes, mas os chiques só usam Patek Philippes”. Os chiques e os precavidos com suas economias, pelo visto, como indicam as cifras da Christie’s.
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