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Juliette Binoche
Foto: Juan Naharro Gimenez/WireImage

Um grupo de atrizes francesas vem divulgando vídeos em que cortam o cabelo em protesto pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que morreu por usar o hijab (conjunto de vestimenta preconizado pela doutrina islâmica) de forma “inadequada”, de acordo com as leis religiosas do Irã, e por permitir que algumas mechas de cabelo ficassem à mostra. A jovem iraniana foi detida no dia 13 de setembro e morreu sob custódia policial três dias depois. 

Juliette Binoche, Isabelle Huppert, Julie Gayet e Charlotte Rampling estão entre as mais de 50 atrizes que aderiram à causa e cortaram mechas de cabelo em apoio aos protestos que estão acontecendo no Irã em busca de justiça por Mahsa e as iranianas submetidas ao controle rígido governo islâmico. 

A iniciativa foi divulgada pelo perfil Soutien Femmes Iran (apoio para as mulheres do Irã) e o vídeo das atrizes é embalado pela versão persa da música “Bella Ciao”, um dos maiores hinos de resistência. 

O país está sendo invadido pelos protestos, liderado por mulheres, desde a morte da jovem. O vídeo afirma que é impossível não denunciar a repressão policial, tendo em vista o número excessivo de prisões e pessoas torturadas. “Decidimos responder ao chamado que nos foi lançado cortando algumas dessas mechas”, diz a mensagem. 

As autoridades iranianas afirmam que a jovem morreu vítima de um ataque cardíaco. Entretanto, testemunhas e pessoas que foram detidas com Mahsa relataram que ela foi espancada pelos agentes da polícia. 

Uma carta aberta foi divulgada com mais de mil assinaturas envolvendo celebridades apoiando os protestos no Irã. Angelina Jolie também declarou apoio em seu Instagram pedindo respeito “às mulheres corajosas, desafiadoras e destemidas do Irã”. 

“Todos aqueles que sobreviveram e resistiram por décadas, aqueles que vão às ruas hoje, e Masha Amini e todos os jovens iranianos como ela. As mulheres não precisam que sua moral seja policiada, suas mentes reeducadas ou seus corpos controlados. Eles precisam de liberdade para viver e respirar sem violência ou ameaças. Para as mulheres do Irã, estamos com vocês”, escreveu. 

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