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Taylor Swift
Foto: Reprodução/Instagram

Detentora, desde 2021, do pomposo título de primeira cantora bilionária em dólares dos Estados Unidos, Rihanna entrou para o clube dos dez dígitos não em razão de seus ganhos como uma das estrelas da música mais bem pagas de todos os tempos, mas principalmente por conta do enorme crescimento da marca de cosméticos, lingeries e acessórios cujo controle divide com o gigante do luxo LVMH, a Fenty. 

Atualmente uma das favoritas do cada vez mais seletivo e desde sempre desejadíssimo consumidor da Geração Z, formada pelos nascidos entre o fim da década de 1990 e 2010, a marca de moda fundada em 2017 pela intérprete de “Diamonds” tem faturamento anual médio de US$ 500 milhões e um valor de mercado que gira em torno de US$ 3 bilhões. Com uma fortuna estimada em US$ 1,4 bilhão, RiRi deve a maior parte dessa bolada à fatia de 50% que possui do negócio.

São grandes, no entanto, as chances de que a próxima popstar a atingir um patrimônio bilionário seja, por assim dizer, do tipo “puro-sangue”, no sentido de que está perto de chegar lá única e exclusivamente em razão do sucesso de sua carreira musical mesmo. E é de Taylor Swift que estamos falando, claro. Na estrada há quase quatro meses com a megaturnê “The Eras Tour”, prevista para chegar ao fim em agosto de 2024, com o total de 131 shows realizados em diversos países de todos os seis continentes da superfície terrestre, a empreitada mal começou e já levantou US$ 300 milhões com a venda de ingressos de suas primeiras 22 apresentações. A continuar nesse ritmo, no cenário mais provável, “The Tour” pode estar caminhando para se tornar a turnê de maior faturamento da história, com uma bilheteria total de pelo menos US$ 1,4 bilhão assim que concluída.

Do que faturou até agora, estima-se que cerca de US$ 110 milhões foram direto para o bolso de Swift, que precisará ainda pagar impostos sobre essa renda e também a comissão da agência que a promove, a Messina Touring Group, restando-lhe um valor líquido de mais ou menos US$ 30 milhões. Outros potenciais US$ 130 milhões líquidos a aguardam se “The Tour” realmente se encerrar com a receita recorde esperada. 

Considerando os US$ 740 milhões que a estrela de 33 anos guardou até aqui, e que começou a acumular a partir de 2004, quando se profissionalizou, o saldo das economias dela em pouco mais de doze meses deverá saltar para uns US$ 900 milhões. Daí para o primeiro bilhão de dólares não deverá levar muito tempo.

Historicamente, personalidades que preenchem os requisitos básicos para ser tratadas como celebridades, acima de tudo, costumam ser atreladas a uma aura de riqueza. Mas poucas foram além da média e se tornaram bilionárias, como George Lucas, Steven Spielberg e Oprah Winfrey. Essa raridade tem diminuído desde meados da década de 2010, quando algumas delas – a exemplo de Kylie Jenner, fundadora da Kylie Cosmetics, e da própria Rihanna, com a Fenty – deixaram de atuar como simples anunciantes de determinadas marcas e produtos para se tornarem elas mesmas marcas. 

E não por acaso, dado que ao longo do mesmo período uma das tendências de marketing e de novos hábitos de consumo mais comentadas diz respeito justamente a um dos diferenciais da Geração Z, o de não se deixar “enganar” por anúncios ancorados na fama alheia com o intuito de potencializá-la como um plus de seja lá o que for que estiver sendo oferecido ao público.

Para os “zoomers”, relatos de experiências pessoais continuam válidos, mas desde que sejam feitos por quem, de fato, viveu tais experiências. Como Rihanna, que popularizou os lançamentos originais da Fenty ao mostrar em “primeira pessoa” como os usava e suas utilidades nas redes sociais. Trocando em miúdos, é como se a era dos garotos-propaganda que foi fundamental para o avanço da publicidade no século passado estivesse sendo substituída por uma nova, a dos “testimonials” e do “papo reto” entre fornecedores e consumidores. Aliás, o fato de que nunca antes houve tantas celebs empreendedoras como cada vez mais vemos não é uma mera coincidência.

Voltando a Swift, essa conjuntura torna o possível próximo grande feito dela, de trocar o “m” de milionária por um “b”, ainda mais significativo. Some-se a isso o fato de que a megacelebridade americana tem tudo para conquistá-lo sem sequer precisar lidar com concorrentes em busca do mesmo. Madonna, com seus estimados US$ 800 milhões, talvez um dia se torne bilionária, o que nesse caso levaria ainda alguns anos e não meses. Com renda bem menor, e a idade começando a pesar, a “material girl” deve estar no mínimo umas dez primaveras distante da mesma troca de letras.

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