Jeff Bezos entrou no olho do furacão em 2019: o ano mal havia começado e mesmo assim o fundador e CEO da Amazon já estava no centro daquele que acabou se tornando o divórcio mais caro de todos os tempos. Mas, passado o pior, ele viu sua fortuna aumentar em ritmo acelerado no ano seguinte porém não tanto quanto a de Elon Musk, com quem tem disputado recentemente o título de homem mais rico do mundo (o cofundador e CEO da Tesla chegou a levar a melhor durante uns dois dias).
A verdade é que pra quem sobreviveu ao estouro da bolha da internet no começo dos anos 2000, um imbróglio conjugal bilionário ou a briga pelo primeiro lugar nos rankings de bilionários pode até parecer fichinha à primeira vista.
Glamurama aproveita a deixa do aniversário de 57 primaveras dele nessa terça-feira para revelar alguns dos números por trás de sua fortuna de US$ 182,1 bilhões (R$ 996,6 bilhões) – no momento “apenas” US$ 5,9 bilhões (R$ 32,3 bilhões) maior que a de Musk. Continua lendo… (Por Anderson Antunes)
A origem dos bilhões
Bezos é dono de 12% da Amazon, a empresa mais valiosa do mundo com uma capitalização em bolsa de US$ 1,56 trilhão (R$ 8,54 trilhões). A fatia responde pela maior parte do patrimônio dele. Para efeito de comparação, a soma equivale a mais ou menos o PIB da Rússia em 2020, que gerou US$ 1,46 trilhão (R$ 8 trilhões) em riquezas no ano passado.
O maior pedaço da Amazon
No caso da Amazon, a participação de Bezos equivale a 60 milhões de ações – cada uma vale perto US$ 3,1 mil (R$ 17 mil). Ninguém tem mais papeis da gigante do e-commerce do que ele, e sua ex-mulher MacKenzie Scott se tornou a segunda maior acionista individual da varejista virtual quando se acertou com o bilionário e recebeu o equivalente a 20 milhões de ações. A escritora, no entanto, delegou a ele a tarefa de representá-la no conselho da gigante do e-commerce.
Renda modesta, mas nem tanto…
Bezos tem um salário de modestos US$ 81,8 mil (R$ 447,7 mil) por ano para exercer o cargo de CEO da Amazon, que nunca pagou dividendos. Para sobreviver, ele vende cerca de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,2 bilhões) por ano em ações da empresa todos os anos, sendo que a maior parte disso – US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) – é usada para manter um de seus projetos mais ambiciosos: a companhia de aviação espacial Blue Origin.
Endereços espalhados pelos EUA
Apesar de não fazer a linha playboy, o maior bilionário do planeta gosta de morar bem. A prova disso são os vários endereços que ele tem espalhados pelos Estados Unidos, como a mansão de US$ 84 milhões (R$ 459,7 milhões) localizada em Medina, nos arredores de Washington. Some-se ao château outras duas mansões em Beverly Hills, que juntas valem mais de US$ 37 milhões (R$ 202,5 milhões), um duplex em Nova York avaliado em US$ 18,2 milhões (R$ 99,6 milhões), um rancho de 300 mil hectares no Texas e uma townhouse na capital americana pela qual Bezos pagou US$ 23 milhões (R$ 125,9 milhões) em 2017.
Bilhões para a caridade
Desde que se tornou o homem mais rico do mundo, em 2017, Bezos é cobrado por não ser tão generoso quanto ex-donos do título, como Bill Gates e Warren Buffett. Mas ele deu indícios de que pretende se livrar dessa má fama em setembro de 2019, quando anunciou a criação de um fundo filantrópico de apoio a famílias sem-teto para o qual doou US$ 2 bilhões (R$ 10,9 bilhões). Na época o bilionário disse que achava melhor começar essa nova etapa mais mão aberta sua com algo “pequeno”, e afirmou que até o fim da vida provavelmente vai investir tudo que tem na Blue Origin, que considera ser seu “presente para a humanidade”.
Feitiço do tempo
Nerd assumido, Bezos também tem suas esquisitices tal como vários outros bambambãs do Vale do Silício. Uma delas foi ter encomendado a construção de um relógio projetado para durar 10 mil anos, o “Clock of the Long Now”, cujas obras vão de vento em popa em uma montanha do oeste do Texas e que até agora custaram US$ 42 milhões (R$ 229,9 milhões). A ideia dele é mostrar para as gerações futuras que não existe tempo para pensar grande.
Barão da mídia também
De uns tempos pra cá, ter um jornalão para chamar de seu se tornou uma espécie de “must” entre os membros do clube dos dez dígitos. E Bezos aderiu à moda em 2013, quando recebeu uma oferta para comprar o “The Washington Post” da família que fundou o jornal americano e topou na hora. Detalhe: o negócio custou a ele US$ 250 milhões (R$ 1,37 bilhão), quantia que foi paga à vista, claro.
Um dos maiores patrões
Além da riqueza, Bezos também se destaca na lista dos maiores empregadores do mundo: só a Amazon tem mais de 613 mil colaboradores em todo o mundo, os chamados “Amazonians”, que inclusive de vez em quando se rebelam… Tá certo que é bem menos do que os 2,3 milhões que batem ponto no Walmart, mas a rede de supermercados tem seu controle dividido entre sete pessoas, enquanto ele reina sozinho no comando da maior varejista virtual do mundo. Pelo menos por enquanto…
- Neste artigo:
- aniversario,
- bilionário,
- Blue Origin,
- cifras,
- divórcio,
- e-commerce,
- Jeff Bezos,
- Mackenzie Bezos,
- mais rico do mundo,
- Mansões,
- números,
- The Washington Post,