Claudia Raia voltou aos palcos depois de quase dois anos com o musical “Conserto para Dois”. Em cena, ela e o marido Jarbas Homem de Mello se dividem entre 12 personagens e trocas de figurinos em tempo recorde para contar a divertida história do escritor Rinaldi e Luna de Palma, sua ex-mulher e musa inspiradora. Workaholic declarada, a atriz e bailarina também está, aos domingos, no júri do “Show dos Famosos”, no “Domingão com o Huck”. No auge dos 54 anos, com um novo musical a caminho, uma série e dois filmes, a artista garante que a pandemia a fez descobrir que “existem coisas muito mais legais além de trabalhar. Nunca tive tempo para ficar em casa e nunca passei tanto tempo com os meus filhos.”
Aliás, quando o assunto é filhos, o coração de mãe – que a fez adotar filhas da ficção, entre elas as atrizes Mariana Ximenes e Paolla Oliveira -, não nega a saudade de Sophia, a caçula do seu relacionamento com Edson Celulari que está fazendo faculdade em Nova York. “Ela sempre foi independente, se fez uma mulher muito empoderada, feminista e cheia de opinião, o que é maravilhoso. Para mim, é uma alegria ter criado uma filha com essas características, principalmente, no nosso país”, afirma a atriz em entrevista ao GLMRM.
Cursando Artes e Comunicação, na Universidade de Nova York, Sophia traça agora, aos 18 anos, um caminho muito parecido com o que a mãe teve que percorrer, aos 13. “Sei o que ela está passando e das dificuldades, apesar da minha situação financeira, na época, ser bem diferente da dela hoje. Mas ela está feliz, alegre e satisfeita. Era tudo o que ela queria. E eu? Bom, vou resolvendo minhas questões dia após dia”, desabafa. “Ela faz falta, é muito minha companheira, mas conversamos três, quatro vezes por dia por videochamada. Consigo ver a carinha dela. Eu sou adulta, né? Me ajeito.”
Vida normal, mas nem tanto
“É uma emoção estar de volta aos palcos, parece que estamos recomeçando a carreira. O público também está emocionado e as pessoas estão chegando ao teatro com horas de antecedência e com aquela vontade de se divertir, rir e se entreter. O teatro realmente fez muito falta para todos. Na verdade, as pessoas mantiveram um pouco a sanidade por conta da arte. Se a gente não tivesse as lives, séries, musicais, novelas, filmes, músicas e livros… Nem sei o que teria acontecido, seria pior ainda. Acho que agora estamos passando por uma readaptação porque hoje é uma situação mais controlada, mas estamos muito longe do fim da pandemia. Existem muitas mortes ainda, muitas pessoas infectadas e muita gente que não quer se vacinar. Isso tudo é problemático, o vírus está aí. Não dá para fingir que nada está acontecendo, temos que continuar com os cuidados. Eu já tomei a segunda dose e em hipótese alguma largo a máscara.”
Show dos Famosos
“Se eu estivesse do outro lado no ‘Show dos Famosos’, na posição de competidora, acho que gostaria de homenagear a Liza Minnelli. Eu adora ela, sou superfã e também sou apaixonada pela Judy Garland, mãe de Liza. Carmen Miranda também seria uma personagem que eu adoraria fazer. Mas ia ter que fazer de joelhos para ficar do tamanho dela, né? [risos]”
No radar de Claudia
“Nós temos excelentes artistas da nova geração, que vêm com uma força diferente. Nosso país é muito talentoso e tem gente boa em várias áreas. Às vezes me pego pensando: ‘Meu Deus, que loucura!’ A nossa fadinha do skate [Rayssa Leal], por exemplo, é um fenômeno. Também temos Gloria Groove, que acho um talento espetacular, e a Isabelle Drumond, que é a minha filha mais nova dessas que adquiro ao longo da vida. Acho ela uma atriz excepcional da sua geração. Temos muita gente talentosa, é talento que não acaba mais”.
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