A Gap revelou na última sexta-feira que fechou uma parceria com Kanye West e, em questão de apenas alguns minutos depois do anúncio, viu suas ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York dispararem até 42%, quase zerando sua perda de capitalização nos últimos doze meses – passada a euforia inicial, os papeis fecharam o pregão do dia com alta de 18,80%. Tanto bom humor do investidores com a varejista de moda americana que já viveu dias melhores tem a ver com o sucesso do negócio mais famoso dele, sua linha de sneakers com a Adidas, a Yeezy, que gera receitas anuais próximas de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,15 bilhões).
A expectativa é que West, que semanas atrás garantiu o registro de várias marcas, consiga repetir isso na Gap, para a qual vai assinar uma coleção de roupas e acessórios para homens, mulheres e crianças batizada Yeezy Gap que chegará às lojas e ao site oficial da gigante fashion em meados de 2021. Trata-se de um acordo firmado para durar anos, que potencialmente poderá aumentar ainda mais a fortuna do marido de Kim Kardashian. É que, caso realmente vingue, ele poderá receber uma fatia da Gap Inc., que também é dona da Banana Republic e da Old Navy, e atualmente tem um valor de mercado na casa dos US$ 4,5 bilhões (R$ 24,5 bilhões).
Mas também é uma tarefa e tanto, sobretudo porque a Gap – e assim como a maior parte das “fast fashions” e à exceção da Zara, que é uma espécie de China do segmento – enfrenta problemas para conquistar novos clientes e manter um ritmo de crescimento saudável há tempos. Mas, a princípio, West já mostrou a que veio, uma vez que de junho de 2019 até o começo desse mês o valor de mercado da icônica companhia fundada pelo casal Doris e Donald Fisher havia caído 43%, um indicador negativo que depois da entrada em cena do rapper e empresário diminuiu para -29,97%. (Por Anderson Antunes)
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