Quer prova maior do bom faro de Warren Buffett para encontrar bons investimentos do que aqueles que ele fez na Apple entre 2016 e 2018, quando as vendas de iPhone não empolgavam os investidores? Na carta que costuma enviar todo fim de ano aos acionistas de sua holding, a Berkshire Hathaway, o mega-investidor americano de 89 anos revelou pra turma em dezembro de 2019 que a empresa comprou no período de dois anos citado 250 milhões da ações da fabricante do smartphone mais popular do mundo, gastando US$ 35 bilhões (R$ 188,2 bilhões). De lá pra cá, Buffett – que atualmente é o quinto homem mais rico do mundo, com uma fortuna de US$ 80,4 bilhões (R$ 432,2 bilhões) – reduziu a fatia em cerca de 5 milhões de ações, mantendo aproximadamente 245 milhões de papéis da companhia cofundada por Steve Jobs.
E como a ação da Apple foi uma das que mas dispararam durante a pandemia, já que os iPhones, iPads e afins passaram a ser os companheiros de quarentena de muita gente e também não viram suas vendas recuarem muito por causa da crise causada pelo novo coronavírus, os US$ 35 bilhões de pouco mais de oito meses atrás agora valem quase US$ 112 bilhões (R$ 602,1 bilhões)! Detalhe: Buffett, que é chamado de Oráculo de Omaha em Wall Street (a sede da Berkshire fica em um modesto prédio na cidade do estado americano do Nebraska onde ele dá expediente diariamente), só foi comprar seu primeiro iPhone em fevereiro desse ano. (Por Anderson Antunes)