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Vik Muniz
Vik Muniz || Créditos: Bruna Guerra
Vik Muniz || Créditos: Bruna Guerra
Vik Muniz || Créditos: Bruna Guerra

Glamurama encontrou com o artista plástico Vik Muniz na última quarta-feira, na abertura oficial da 13º SP-Arte, a maior feira de arte contemporânea da América Latina, no pavilhão da Bienal do Ibirapuera e, otimista, o artista avaliou o papel da feira na sociedade atual, com os prós e contras e as novidades oferecidas pelo mercado. “A importância de uma feira como a SP-Arte é fundamental para a troca de informação, para mercado. Você cria também uma espécie de senso do estado da arte contemporânea e acredito que existam museus que façam um esforço muito grande para se manterem atualizados nas tendências de arte contemporânea, coisa que acontece realmente nas galerias, mas tem esse pessoal que é especialista em procurar o que é novo, procurar o que é jovem e tentar contextualizar isso com coisas que já aconteceram”, resume.

“Eu sempre achei que se você quiser ver arte contemporânea você tem que ir a uma galeria e esse espaço, a SP-Arte, é uma maneira de o mercado testar essas tendências novas, é muito importante para criar diálogos e para saber onde as coisas estão indo”, explica Vik, que acredita numa desvantagem oferecida pela feira: “É um pouco caótico porque quando você mostra seu trabalho, tem a vantagem de ter tudo exposto para um número muito grande de pessoas e a desvantagem de acabar tendo a impressão de tudo estar muito diluído porque o trabalho está sendo visto num contexto de milhões de outras obras”, reflete ele, que prefere mostrar tudo que cria a portas fechadas.

“Na galeria você mostra o trabalho como se você mostrasse num álbum, você tem um contexto, o controle do que o conjunto de obras está dizendo, aquilo é apresentado por um grupo, numa feira tudo é muito mais contemporâneo, é como comprar música no iTunes , você está vendo coisas separadas de um contexto, você nem vê o álbum, você vê a arte descontextualizada, num mar de opções que ao mesmo tempo é importante e você testa a qualidade do trabalho, se ele resiste a essa saturação”, diz ele que aproveita para ressaltar que são experiências distintas, mas que uma não substitui a outra. “A galeria ainda é o lugar mais interessante para ver arte que uma feira, mas aqui conhecemos muita gente, conversar e rever amigos, é uma experiência social. É difícil, mas às vezes preciso valorizar esse lado, sempre acabamos vendo mais gente do que arte” finaliza. Recado dado…

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