Apesar de o Snapchat estar perdendo cada vez mais usuários para o Stories do Instagram, Alwaleed bin Talal comprou uma fatia de 2,3% no aplicativo cofundado pelo CEO Evan Spiegel por US$ 250 milhões (R$ 942,7 milhões). O negócio foi concretizado em maio pelo príncipe saudita, que já é sócio de várias empresas americanas, e comunicado ao mercado nessa terça-feira logo depois da divulgação dos resultados referentes ao segundo trimestre da Snap Inc., a dona da rede social que já valeu perto de US$ 40 bilhões (R$ 150,8 bilhões) e atualmente tem uma capitalização de US$ 16,5 bilhões (R$ 62,2 bilhões).
Os números do balanço, aliás, mostraram que app não vai tão mal das pernas quanto muitos pensam: o faturamento entre abril e junho chegou a US$ 262 milhões (R$ 988 milhões), acima dos US$ 250,4 milhões (R$ 944,2 milhões) previstos por analistas, e o prejuízo acumulado no período foi de US$ 132,2 milhões (R$ 498,5 milhões), um rombo e tanto mas ainda assim abaixo dos US$ 160,6 milhões (R$ 605,6 milhões) que eram esperados.
No que diz respeito ao número de usuários ativos, a queda foi dos 191 milhões registrados no primeiro trimestre para os atuais 188 milhões – em Wall Street, todo mundo apostava num leve aumento de usuários, para 192 milhões. Segundo representantes do Snap, isso não foi possível em razão das polêmicas mudanças de design feitas no começo do ano que resultaram em vários, inclusive Kylie Jenner, dando adeus ao invento de Spiegel e companhia.
“Estamos trabalhando duro para melhorar o Snapchat com base no feedback que recebemos de nossa comunidade”, o bilionário de 28 anos disse durante uma conference call com investidores. “Acreditamos que esta é uma evolução importante do nosso produto, que ajudará a impulsionar o crescimento futuro no engajamento de usuários”, completou ele, confiante de que pode fazer frente ao Insta, porém cada vez mais isolado em suas ideias. (Por Anderson Antunes)