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Regina Casé brilha na noite de estreia do filme || Créditos: Paulo Freitas
Regina Casé brilha na noite de estreia do filme  ||  Créditos: Paulo Freitas
Regina Casé brilha na noite de estreia do filme “Que horas ela volta?” || Créditos: Paulo Freitas

Depois de rodar o mundo com um misto de drama social e comédia, o premiado “Que Horas Ela Volta?” finalmente teve sua première em São Paulo, na noite dessa terça-feira. Com Anna Muylaert na direção e Regina Casé dando vida à protagonista Val, uma empregada doméstica que reencontra a filha adolescente que foi criada longe dela, o longa foi aplaudido de pé no Auditório do Ibirapuera. Glamurama conversou com Regina, que já levou pra casa o prêmio especial do júri de melhor atriz em filme estrangeiro no Festival de Sundance, nos Estados Unidos. Agora é hora de colher os frutos por aqui.

(Por Morgana Bressiani)

Glamurama: O que a Regina tem da Val?
Regina Casé: Primeiro: minha família é toda pernambucana, então para mim foi uma delícia usar aquele sotaque, os gestos, tudo que vi muito na minha vida. Segundo: depois de meus pais e de minha tia Julinha, que me criaram, as pessoas mais importantes foram as que trabalharam na minha casa. Tentei mostrar com a Val toda a minha admiração por essas mulheres, que foram grandes educadoras na minha vida.

Glamurama: Você esperava toda essa repercussão com o filme?
Regina Casé: Coloquei tanto amor na Val que o filme ficou muito humano. Então, independentemente de todas as discussões políticas, é um filme que tem tanta humanidade que agrada todo mundo, até mesmo os estrangeiros com culturas tão diferentes da nossa.

Glamurama: Qual sua visão sobre a relação entre a família brasileira e as empregadas domésticas?
Regina Casé: É uma relação que apesar de toda a desigualdade, opressão e direitos que ainda precisam ser conquistados, sempre foi permeada pelo afeto, que cumpriu dois papéis: o bom, onde muitas relações bacanas surgiram, apesar desse abismo de classe, e também o ruim, onde se cria uma nebulosa, já que o afeto mistura tudo e deixa essa relação parecer uma coisa quando na verdade é outra. É uma relação muito bonita, mas complexa.

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