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Mohammed com a jornalista Norah O’Donnell || Créditos: Divulgação
Mohammed com a jornalista Norah O’Donnell || Créditos: Divulgação

Grande destaque da edição desse domingo do jornalístico “60 Minutes”, da rede americana CBS, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohammed bin Salman revelou que a operação anticorrupção que orquestrou no fim do ano passado e que resultou na prisão de vários poderosos resultou em uma arrecadação de multas que ultrapassam os US$ 100 bilhões (R$ 328,8 bilhões). Só o príncipe Alwaleed bin Talal, o mais famoso entre os detidos, teria desembolsado perto de US$ 6 bilhões (R$ 19,7 bilhões) para se tornar um homem livre novamente, sem falar em um suposto documento que o nobre e investidor de Wall Street assinou se comprometendo a ficar longe dos holofotes.

Bin Salman foi designado o sucessor do rei Salman, de quem é filho, em junho de 2017, e desde então se tornou o chefe de estado na prática do país árabe, com o aval total do pai. Na conversa com a jornalista da CBS Norah O’Donnel ele aceitou falar sobre praticamente tudo, inclusive seu plano de “modernização” da Arábia Saudita (foi dele a ideia de liberar a abertura de cinemas por lá e de autorizar as mulheres a dirigir), e disse que a única coisa que pode lhe impedir de chegar ao trono é a morte.

Questionado sobre o gosto por coisas caras, como o château de mais de US$ 300 milhões (R$ 986,4 milhões) que comprou na França, os US$ 500 milhões (R$ 1,64 bilhão) que sacou para bancar o quadro “Salvator Mundi”, de Leonardo Da Vinci, vendido no maior leilão de um objeto de arte da história no fim do ano passado, e os € 500 milhões (R$ 2,02 bilhões) à vista que ofereceu pelo iate de um bilionário russo com o qual se encantou em um porto no sul da França em 2014, bin Salman, de 32 anos, tirou o time de campo. “Minha vida pessoal é algo que prefiro manter para mim”, ele disse. (Por Anderson Antunes)

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