Um documentário que irá ao ar na televisão francesa nesta quinta-feira traz uma revelação e tanto sobre o passado recente do presidente da França Emmanuel Macron. No programa produzido pelo canal LCI e intitulado “Macron le dynamiteur” (algo como “Macron Dinamite”), assessores de governo do ex-presidente François Hollande vão revelar que o atual morador do Palácio do Eliseu foi considerado pelo antecessor para ser primeiro-ministro em meados de 2016, em substituição a Manuel Valls.
A ideia, segundo eles, era conter a ascensão de Macron no cenário político francês, já que àquela altura todos sabiam que ele tinha planos para chegar na presidência, dando-lhe um cargo de igual respeito e cujas atribuições tomariam a maior parte do tempo. Ministro da economia na época, Macron não mordeu a isca e, em pouco tempo, renunciou para lançar a campanha eleitoral que o tornou chefe do executivo francês em maio do ano passado. Bernard Cazeneuve acabou sendo o escolhido por Hollande, e permaneceu primeiro-ministro da França até a posse de Macron, que nomeou o fiel escudeiro Édouard Philippe como sucessor dele.
Responsável pelo doc, a dupla David Pujadas e David Doukhan argumenta na produção que, não fosse pelo “Non!” que ouviu do marido de Brigitte Macron, Hollande dificilmente teria desistido de tentar a reeleição, já que só acreditava ter chances de vencer com o político francês de 40 anos do seu lado trabalhando por isso e não como seu concorrente direto, e com melhores índices nas pesquisas eleitorais, como acabou sendo o caso no final. (Por Anderson Antunes)
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