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Régine Choukroun
Foto: Evening Standard/Hulton Archive/Getty Images

Morreu nesse domingo (1º), aos 92 anos, Régine Choukroun, atriz, cantora e rainha das boates das décadas de 1970 e 1980. O anúncio foi feito por Pierre Palmade, ator francês e amigo de Régine. A causa e o local da morte não foram revelados.

A trajetória da cantora foi marcada principalmente por badalar a vida noturna da época, que a tornou conhecida como “rainha da noite”. Ela chegou a ter mais de 30 boates ao mesmo tempo, sendo três delas aqui no Brasil, no Rio, Salvador e São Paulo. As famosas “Regine´s” eram frequentadas pela elite e celebridades da época.

Nascida em Bruxelas, filha de judeus poloneses, refugiada de guerra, Régine conheceu pouco a mãe, que foi morar na Argentina. Seu pai, Joseph, foi quem ficou com Régine e seu irmão, Maurice. O vício em carteado acabou não permitindo que Joseph cuidasse dos filhos, que acabaram passando parte da infância em pensionatos.

Ela sonhava em ser princesa e estrela e conseguiu mais. Foi rainha da noite e também brilhou no palco, cantando. Vendeu milhões de discos e ganhou o importante prêmio francês Grand Prix du Disque. Perfeccionista e com fama de exigente, pegava pesado no batente, em torno de 16 a 18 horas por dia, tudo para não passar as agruras do passado novamente.

“Faço parte da raça das pessoas fortes, porque me fabriquei assim. Sofri muito quando criança, sofri com a guerra e decidi ser forte”, disse ela em entrevista à extinta revista Manchete. “Paguei adiantado o meu preço de tristezas.”

Régine sempre gostou de roupas esfuziantes, mesmo quando só podia tê-las na imaginação. Strass e boás era com ela mesmo. Aos 16, fez um pacto com a felicidade e a liberdade. Maridos, dois, filho, apenas um, Lionel. Do segundo marido, Roger, ganhou o sobrenome com o qual ficou famosa: Choukroun. Muitos a conhecem pelo sobrenome do pai: Régine Zylberberg.

No Rio, em 1976, sua casa já era das mais badaladas. Situada no subsolo do hotel Le Meridien, no Leme, teve em diferentes momentos colaboradores como Danuza Leão, Katia Vitta e Claude Amaral Peixoto. Suas noites eram disputadas.

Entre os frequentadores, Antonio Guerreiro com Ionita Salles Pinto e depois, com Sandra Bréa; Marlene Silva e o francês Alain Delon. As panteras do Ibrahim também adoravam o clube. Algumas festas de Carnaval não suportavam o tamanho da casa e Régine transferia a farra para o Canecão, caso da Le Cirque Fantastique, que recebeu gente como Joan Collins, Ursula Andress, Jane Birkin e Omar Sharif.

O Régine’s paulista foi inaugurado em março de 1981 e o sócio era o empresário Naji Nahas. O investimento foi de US$ 3 milhões. Na festança de abertura da casa, um batalhão de famosos internacionais: Alain Delon, Mireille Darc, Ugo Tognazzi e Omar Sharif, amigo pessoal de Régine e Nahas. A boate era situada na avenida Faria Lima, mas desde o início passou por uma série de problemas, inclusive de zoneamento, o que fez com que não vingasse tanto na noite paulista quanto na carioca.

Depois de sua passagem pelo Brasil, Régine viveu momentos marcantes, como a perda de sua coroa de majestade na noite, o falecimento de seu filho Lionel e a separação do segundo marido, Roger Choukroun. Viveu noites sem glamour, fez alguns procedimentos no rosto e hoje voltou a ser respeitada como cantora na França. Descanse em paz, diva!

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