Todos os confinados em “SuperMax” foram acusados de algum crime antes de ir para o reality show. Mas Cleo Pires nos disse que o ator sempre empresta algo de si para o personagem. O que Mariana Ximenes tem em comum com a enfermeira que interpreta na série? “Difícil falar sem ter spoiler, prefiro manter o mistério da Bruna… O que tem de parecido? A intensidade, talvez. E ela tem um trelelê com o policial vivido pelo Erom Cordeiro, que é meu amigo na vida real… O que posso falar é isso. Se também sou misteriosa? Não, não tenho nada de misteriosa. Tenho, sim, minha privacidade”. Mais alguma diferença em relação à Bruna? “Ela adora passear em cemitérios, e tem um fascínio pela morte. A morte ainda é um mistério pra mim. Tive poucas perdas na vida, detesto cemitério e espero não ter que ir muitas vezes. Para compor esse papel, conversei com médicos como o meu irmão e o Drauzio Varella. E a Bruna tem uma questão sobre a qual conversei com uma psicanalista”. Ela pratica eutanásia, certo? “Prefiro não dar detalhes”. Sobre o clima das gravações, é enfática. “Eu saía um pouco carregada, sim. Mas tenho um processo. Tiro o figurino no camarim, tomo um banho. Afinal, depois do trabalho, tenho a minha casa, meu namorado… [o empresário italiano o empresário Felippo Adorno] A Tancinha também fica no set, mas nem sempre. Às vezes me pego, durante uma entrevista, falando e gesticulando como ela, fazendo uns erros de português”
“Eu nunca gostei de terror. Morria de medo. Meu irmão pode ver sangue, eu não. Comecei a assistir só agora, por conta de ‘SuperMax’, mas agora estou gostando”, disse Mariana. Quando a série estrear, a atriz poderá ser vista pelo público com três personagens diferentes, os outros em “Haja Coração” e no cinema, com “Um Homem Só”. “Eu acho isso superpositivo para mostrar versatilidade. São três trabalhos distintos. Em ‘SuperMax’, sou estranha e misteriosa em uma trama de terror e suspense, em uma linguagem oposta à da novela, na qual faço alguém leve, astral, solar, batalhadora, espontânea, pra fora. Em ‘Um Homem Só’ sou quase uma adolescente, apareço ruiva, cheia de sardas, e sou mal humorada, mas adorável”, revela. Em ‘SuperMax’, senti medo, sim. A gente passou mesmo por tudo aquilo. Gravava toda cheia de lama, ensanguentada, lá nos fundos do Projac. Quando eu ia tomar banho lá nas áreas que são divididas com outras produções, as pessoas ficavam olhando”.
Sobre a crítica muito positiva de sua versão de Tancinha, a protagonista de “Haja Coração”… “A Cláudia [Raia], é uma atriz que admiro muito e, além disso, é uma pessoa muito importante e querida por mim, uma das minhas melhores amigas. Temos uma ligação profunda. Então era uma responsabilidade enorme, até porque ela tornou o personagem um ícone da teledramaturgia brasileira, mas fui com tanta paixão, com tanta fome de dar meu melhor, com todo o meu coração, e acho que isso apareceu para o público. Mas sou muito autocrítica. Sempre penso no que poderia fazer melhor”. (Por Michelle Licory)
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