Com 296 telas em seu acervo cujos donos são judeus que as perderam em roubos de obras de arte orquestrados por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, o Louvre decidiu exibir 31 destes trabalhos permanentemente a fim de descobrir a quem pertencem. A novidade foi anunciada nessa semana pelo diretor do departamento de pinturas do museu, Sebastien Allard. “Essas telas não nos pertencem”, ele disse em uma entrevista coletiva. “Alguns museus agiram como predadores no passado, mas nosso objetivo neste momento é devolvê-las”.
Bilhões de euros nos mais variados tipos de objetos de valor foram confiscados de judeus durante a ocupação da França por agentes da SS, a polícia de Adolf Hitler, dos quais 45 mil já foram devolvidos ao longo dos anos. Mais de dois mil itens do tesouro surrupiado, no entanto, permanecem não identificados. O problema até foi abordado na telona em “Caçadores de Obras-Primas”, filme dirigido e estrelado por George Clooney em 2014 que também conta com Matt Damon e Cate Blanchett no elenco.
Entre os quadros que o Louvre pretende expor ao público em breve, em duas salas que serão reservadas apenas para este fim, destacam-se a paisagem “La Source du Lison”, do francês Theodore Rousseau, além de “Le Maréchal Ferrant”, de Eugène Delacroix, e várias pinturas do século 16 assinadas por Jacob van Velsen e do século 18 de autoria de François Boucher. (Por Anderson Antunes)
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