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A primeira-dama em visita ao Congresso dos EUA || Créditos: Getty Images
A primeira-dama em visita ao Congresso dos EUA || Créditos: Getty Images

A primeira aparição pública de Melania Trump ao lado do marido, Donald Trump, desde que boatos sobre problemas conjugais entre os dois voltaram a ganhar espaço na mídia foi na terça-feira, quando ela o acompanhou em visita ao Congresso americano para o discurso sobre o Estado da União que é tradicionalmente feito uma vez por
ano pelos presidentes dos Estados Unidos e, dada sua importância, é transmitido ao vivo pelas maiores redes de televisão do país.

E embora estivesse em seu habitual clima de distribuição gratuita de sorrisos, a primeira-dama pode ter incluído uma mensagem subliminar para Trump, que não é exatamente uma unanimidade na ala feminina da população, no look que escolheu para a ocasião. Pelo menos é nisso que apostam alguns jornalistas de moda, entre eles, Vanessa Friedman do “The New York Times”. Para esse grupo, o fato de que Melania foi vestida de branco dos pés à cabeça (com terninho Christian Dior, blusa Dolce & Gabbana e saltos nude Christian Louboutin) não foi um mero acaso.

Friedman, por exemplo, acredita que a escolha de figurino tenha sido um cumprimento às suffragettes, grupo de mulheres britânicas que fez história com suas reivindicações pela igualdade entre os sexos e na luta contra a misoginia cuja cor de batalha era justamente o branco. As suffragettes estão em alta desde 2015, ano de lançamento do filme sobre o movimento “As Sufragistas”, da britânica Sarah Gavron, e teriam inclusive inspirado as 24 cantoras que escolheram se apresentar de branco no Grammy, realizado no domingo passado, em performance liderada por Kesha, uma das artistas mais atuantes no que diz respeito às causas das mulheres atualmente.

A jornalista lembrou que Hillary Clinton, que conhece bem a história das suffragettes, também escolheu o branco para marcar presença na posse de Trump em janeiro de 2016, sem falar que a Dior nomeou pela primeira vez, em 2016, uma mulher para ser sua diretora-criativa: a italiana Maria Grazia Chiuri, algo que até as feministas que pouco se entusiasmam com a moda celebraram. “As roupas que Melania usa em público se tornaram a forma como ela se comunica com as pessoas”, Friedman escreveu em sua coluna no “Times”. “Teria ela ignorado isso e escolhido o branco por acaso [para o discurso sobre o Estado da União]? Duvido!”, finalizou a jornalista. (Por Anderson Antunes)

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