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Maitê Proença é uma festa! Linda, inteligente, divertida, talentosa, sincerona… e mostrou tudo isso e mais na live que fez nesta terça-feira com Joyce Pascowitch. Estreou virtualmente ‘O Pior de Mim”, peça escrita por ela, inspirada nas inseguranças que todos temos, ela diz: ‘O Pior de Mim’ era um texto que estava escrevendo pra mim, não pretendia mostrar pra ninguém. É aquela história. Hoje em dia as mídias sociais mostram todo mundo perfeito, muito feliz, sem inseguranças… é inevitável que você fique se sentindo o coco do cavalo do bandido. Depois de um tempinho no Instagram, a gente se sente inferiorizado. E vai se depreciar, porque não é nada daquilo. Na peça quero prestar um serviço, mostrando o pior de mim, quando errei vergonhosamente, que eu sofri muito, que ergui muros, afastando as pessoas, coisas que eu não via e que vejo hoje”. Maitê também está curtindo a fase avó. Sua filha única, Maria Marinho, deu à luz Manuela, hoje com 7 meses: “Faço qualquer coisa por ela”.

Sobre redes sociais
“Acabei criando laços com seguidores que estão sempre ali. Respondo tudo e as pessoas acabam se arrependendo de ter perguntado. Não quero fazer todas as concessões que as pessoas fazem pra bombar. Faço o que realmente pode prestar algum tipo de serviço, coisas que me divertem. O instagram e as redes me fizeram muito bem nesse período de isolamento. Até dei dicas de produtos de limpeza feitos em casa, muito mais baratos. Daqueles que a vovó usava. E a casa da vovó era limpa. Fui mostrando coisas práticas da casa. Até faxina.”

Vagina, drogas e bom humor

“Já sou avó. Mas, como disse outro dia, minha vagina é exercitada. Quando faço ginástica, yoga, qualquer coisa, na hora que expiro contraio lá embaixo. E isso deixa tudo bem jovem. Nunca se sabe quando o príncipe encantado vai aparecer, né? O que faço pra ficar bem? Gosto de gostar do que estou fazendo, mesmo quando é uma bosta. Dou um jeito de ficar bom. Isso ajuda a ter bom humor, que quimicamente faz o corpo funcionar melhor. Faço macrobiótica há anos, mesmo na época em que saía à noite e me drogava. Não tomava essas coisas que as pessoas usam hoje em dia. Na época, se drogar estava ligado ao autoconhecimento… e também servia um pouco como escape. Sempre fui muito fraca pra tudo. Tomava um copo de cerveja já ficava doidona. Mesmo nesse tempo tinha um lance de saúde fortíssimo… nadava no mar, me alimentava bem. E ainda faço isso. Me cuido muito. O estado emocional é a primeira coisa que temos que cuidar. Outra coisa que faço, vi no TED Talks. Aquela posição com braços pra cima, que fazemos instintivamente quando comemoramos algo, consegue alterar quimicamente o corpo, o mesmo vale para posturas de poder, de vitória. Três minutos mudam seu estado de espírito. Adotei para sempre.”

Idade e bem estar

“Não sei se estou na melhor fase da vida, mas é a fase que tenho mais coragem de mergulhar pra dentro, me defendo menos… nem bebo mais, sou praticamente uma santinha de altar. Só não sou porque penso coisas horrorosas às vezes. Tento me purificar o máximo possível, sem virar uma pessoa insuportável. Por exemplo, cheguei à conclusão que não sou obrigada a ver o noticiário todos os dias. Tem horas que quero ficar desinformada. Ficar burrinha, fazer coisas bobinhas, falar com quem me faz dar rissada, porque eu preciso desse respiro, senão fico neurótica. Essa sabedoria a idade traz.”

Namoro

“Passei a pandemia sem namorado. Não tava com ninguém e não posso entrar nesses aplicativos de namoro, porque as pessoas vão me reconhecer. Me resolvo bem sozinha. Também não sei se me daria bem nessa história de sexo virtual. Preciso de foco. Homem é diferente… vai naquela reta e vai até o fim. Já a gente, se um passarinho cantar do lado de fora já desconcentra. Aí tem que voltar tudo pra trás enquanto eles estão lá na frente.”

Assédio

“É um jogo de poder. O ator tem que estar vulnerável para encarnar um personagem. Aí tem gente que aproveita da fragilidade, faz coisas horrorosas. Não acontece só com mulheres, também com diretores homossexuais que exigem favores em troca de trabalho. Aconteceu comigo várias vezes. Os homens lidavam comigo como um pedaço de carne, ficavam meio burros, porque estavam pensando com a outra cabeça. Já tive todo o tipo de reação, inclusive bater. Encostou em mim, saí dando soco, pontapé.”

Avó

“Ser avó é muito maravilhoso e diferente de ser mãe. Com o neto, o amor vai crescendo, você ama através do seu filho. E agora é uma coisa doida. Ver aquele bebê que só tem pureza nesse mundo encardido em que vivemos. Faço qualquer coisa por ela. Canto, danço, planto bananeira…”

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Play para conferir o papo completo:

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