Juliana Paiva e Nicolas Prattes – par romântico em “O Tempo Não Para”- estão juntos. Ele se aproveita de declarações literais e diz que não estão namorando [ainda não é oficial, é isso?], ela desconversa, sem graça, e responde, rindo: “Marocas e Samuca [nome dos personagens]: é esse o casal”. Mas quando os dois foram “avisados” que tinham sido vistos aos beijos em um hotel no Rio, não sabiam onde enfiar a cara e, vermelhos, saíram pela tangente, sem negar. A internet já “shippa” muito esse novo relacionamento. Glamurama bateu um papo com a atriz sobre esse novo desafio: vem ler! (por Michelle Licory)
“O autor queria uma menina mais jovem”
“Sou romântica”, avisa a atriz, que contou pra gente que precisou lutar com unhas e dentes pelo papel de protagonista. “É que, inicialmente, o autor queria uma menina mais jovem”. Coisas do destino… “Quando quero alguma coisa, sou muito determinada. Eu quis muito a Marocas. Cada vez que visto o figurino, penso que é uma realização. Quando você acredita e corre atrás, sem passar por cima de ninguém, não desejando o que o outro tem, e sim o seu sonho, as coisas acontecem. Fiz testes. Não sei se por minha causa ou pelo todo, aconteceu o que tinha que acontecer”, disse a atriz, contando que Mario Teixeira, que assina o folhetim, foi convencido a mudar de ideia.
“Ele vai ter que cortejar, pedir a mão”
E mais: “Romantismo não é simplesmente viver suspirando por alguém, é também lutar pelo que acredita e até de repente morrer por essa causa. A Marocas vem com essa força pulsante dentro dela”. Sobre o casal da ficção… “Acontece um primeiro encontro muito inusitado. A primeira paixão é mais do olhar dele pra ela. Ela ainda está muito perdida [ficou congelada por 132 anos e “desperta” nos dias atuais] para conseguir visualizar qualquer coisa, mas acontece um interesse de ambas as partes. Como vai ser para eles se moldarem um para o outro? Ele vai ter que cortejar, pedir a mão dela para o pai… É um outro romance. Mas ela tem uma cabeça jovem e vai se mostrar aberta para descobrir esse novo universo. Vai gostar da televisão e da máquina de café expresso – porque antes dava muito trabalho preparar um café. Mas ao mesmo tempo ela vem questionar: que bela abolição da escravidão é essa que até hoje tem trabalho escravo?”
Muito em comum
Juliana adianta: “A Marocas é abolicionista. O dom Sabino [pai dela, também congelado, papel de Edson Celulari] acredita e investe no progresso, tem um olho no futuro, vai gostar das novidades, mas acontece que naquela época o trabalho escravo era como a economia girava. Sem os escravos, não tinha como ele produzir. Por isso não apoiava a abolição. O Samuca pensa no meio ambiente, na natureza, está preocupado com o outro… Então ele e Marocas têm muito em comum”.
“Antigamente a palavra era a honra da pessoa”
Será que Marocas é feminista? “Acho que ela seria uma ativista, sim. E quando descobre que acabou o espartilho, que agora é só calcinha e sutiã, ela solta um ‘ufa, graças a Deus'”. Que estranhamentos a personagem vai ter? “Ah, tem a questão do valor da palavra, que se perdeu ao longo do tempo – e antigamente a palavra era a honra da pessoa. Acho que é uma novela divertida, para brincar. Eles vão estranhar privada, luz elétrica. Mas é uma trama que vem cheia de mensagem e, acima de tudo, é uma história de amor”.
Não, obrigada!
Sobre essa história de ser congelado… “A criogenia é atual, existem pessoas congeladas nos Estados Unidos. Mas eu acredito que tudo que acontece tem um porquê e a gente tem que viver cada etapa, envelhecer, passar por tudo. Não gostaria de ser congelada, não”.
“É pra todo mundo de áries”
E poder ver o futuro, não seria legal? “Mais ou menos. Gosto de horóscopo. Acho interessante, mas não é só pra mim: é pra todo mundo de áries. Quando é muito focado em mim, não quero saber. Vai que tem alguma coisa ruim no meio… Deixa eu viver e tá tudo bem”.
“Estou louca para trocar com ela”
Não deve ser fácil entrar em uma disputa com Cleo – intérprete da noiva de Samuca, que não vai gostar de perder essa parada… “Não gravei ainda um embate direto com a Cleo, ela só me viu desacordada e já veio falar no meu ouvido um monte de coisas. Mas acho que vai ser divertido. Fazer vilã deve ser muito legal, ainda não experimentei. Tem uma liberdade muito bacana e acho que ela vai mandar muito bem. Estou louca para trocar com ela – as cenas que já li são muito boas”.
“A gente acabou de sair de uma Copa do Mundo e viu isso na prática”
Existe um peso de substituir Bruna Marquezine e Marina Ruy Barbosa na faixa das sete da Globo? “O peso que sinto, divido com toda a equipe. Se um marca um gol, teve toda a equipe para passar a bola um para o outro. A gente acabou de sair de uma Copa do Mundo e viu isso na prática. Em novela não é diferente: é no dia a dia, todo mundo se apoiando, querendo que dê certo. Essa é a vibe. Se a gente conseguir tocar as pessoas, fazer parar pra refletir, experimentar essas sensações, se colocar nessas situações, vai ser bacana”.
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