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João Miguel e Jean-Claude Bernardet || Crédito: Divulgação

Emendando um trabalho no outro, João Miguel vai estrear mais um filme, “Periscópio”, dirigido por Kiko Goifman, e com o crítico, diretor e também ator Jean-Claude Bernardet no elenco. O longa, que entra em circuito comercial nesta quinta-feira, vai mostrar o cotidiano de dois homens dentro em um apartamento em São Paulo: Élvio, de 40, e Eric, de 80. “É um filme super caseiro, de experimentação. Ele traz um universo beckettiano que perpassa durante todo o filme”, disse o ator em conversa ao Glamurama. Leia mais!

Por Denise Meira do Amaral

Glamurama – O que te atraiu no filme?
João Miguel – Atualmente tenho me interessado por filmes que de alguma maneira reflita a sociedade que a gente vive hoje. O filme fala da solidão e de desencontros entre os homens, ao mesmo tempo fala sobre a necessidade do encontro.

Glamurama – Como foi contracenar com Jean-Claude Bernardet?
João Miguel – Foi muito legal, ele é um ator interessantíssimo. São dois registros de atores bem diferentes que deram certo na regência do Kiko. O filme foi um processo, o roteiro foi se desenvolvendo nas gravações. Foi um set bastante saudável e amoroso, com um equipe pequena.

Glamurama – Até hoje você só participou de uma novela [“Cordel Encantado”]. Costuma escolher os seus trabalhos?
João Miguel – Escolho trabalhos que me envolvam, que eu possa dialogar com o meu tempo. Nego muitos trabalhos para poder dizer sim a outros. Não dá para fazer tudo. Não dá para plantar feijão e colher arroz. Mas não é fácil, a gente vive em um mundo onde se trabalha o dobro e ganha metade do que a gente ganhava. Os valores estão muito deturpados. Claro que me interessa dialogar com o mercado de uma maneira que eu possa encaixar alguma coisa que goste. Mas as nossas escolhas têm a ver com política, com o afeto, a gente não é só uma maquina que está a serviço do mercado a qualquer custo.

Glamurama – Como avalia o mercado audiovisual hoje?
João Miguel – O mercado está crescendo e precisa ser revisto em vários aspectos. Acho que nunca se produziu tanto no cinema e tem se visto tão pouco. O sistema de distribuição no Brasil é muito restrito a filmes estrangeiros. Seria importante que os filmes brasileiros contassem com a política de ter mais salas de exibição, e não só em shoppings, mas salas populares. Já o mercado da TV está mais consolidado. Acho as séries bem legais, as dramaturgias delas são muito interessantes.

*

Ao lado de Bianca Comparato, João Miguel vai começar a gravar em breve o thriller futirístico “3%”, primeira série original da Netflix feita 100% no Brasil. Estreia em 2016. Ele está ainda no elenco de “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, de Vinícius Coimbra, “Voltando para Casa”, de Gustavo Rosa de Moura, e “Quase memória”, de Ruy Guerra.

 

 

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