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“Propped”, auto-retrato nu de Jenny Saville || Créditos: Divulgação

Na semana que passou, a obra “Propped” de Jenny Saville foi vendida por 9,5 milhões de libras (R$ 46,6 milhões), tornando-se a obra de arte mais cara já vendida na história por uma artista mulher em vida. A venda foi armada pela Sotheby’s de Londres, que deu à tela valor inicial estipulado em 4 milhões de libras (R$ 19,6 milhões) , menos da metade do que foi arrematada. Disputaram a pintura cinco compradores e, depois de uma longa batalha, o martelo foi batido para um interessado anônimo que deu seus lances pelo telefone.

“Propped” é um auto-retrato feito em óleo sobre tela da artista que mostra o reflexo dela nua no espelho, apertando suas coxas com as mãos para questionar as noções sociais de beleza e tamanhos convencionais. Finaliza a tela palavras em francês escritas pela feminista Luce Irigaray. Jenny Saville é natural de Cambridge, Inglaterra, e tem 48 anos. Ficou conhecida justamente por suas representações pintadas em grande escala de mulheres nuas.

Em entrevista à plataforma “Artsy”, o art advisor Nazy Vassegh falou: “Artistas femininas estão tendo uma maior exposição em todos os lugares: museus, galerias, feiras de arte e casas de leilão. É definitivamente um momento importante”, completou.

A artista Jenny Saville ao lado de uma de suas obras em exposição armada na Royal Academy of Arts, em Londres, em janeiro de 2015 || Créditos: Getty Images 

Para artistas homens nesta mesma situação, o recorde foi de Jeff Koons pela obra “Balloon Dog”, que foi arrematada por 36,8 milhões de libras (R$180 milhões), em 2013. Mas esse valor deve ser superado em novembro, quando a obra “Portrait of an Artist” (1972), de David Hockney, participará de um leilão organizado pela Sotheby’s de Nova York com o valor estimado de US$ 80 milhões (R$ 334 milhões).

 

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