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Gina Lollobrigida
Foto: Ivo Bulanda, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

Um dos maiores nomes da era dourada de Hollywood, que durou entre as décadas de 1910 e 1960, Gina Lollobrigida foi uma daquelas profissionais raras cujo talento não se restringiu a um tipo de arte apenas. Tanto quanto um dos maiores ícones da telona em todos os tempos, a atriz italiana que morreu nessa segunda-feira (16), em Roma, aos 95 anos, também se destacou no universo do fotojornalismo. E foi das boas, diga-se de passagem.

Lollobrigida embarcou nessa outra carreira no fim da década de 1970, mesma época em que começou a rarear em filmes. Mais interessada em retratos, ela clicou, com exclusividade mundial, o então líder de Cuba, Fidel Castro, já em seus primeiros anos de fotojornalista. Da mesma forma, outro de seus grandes furos foram os registros da Seleção de Futebol da Alemanha no começo dos anos 1980.

A sex symbol igualmente fotografou em primeira mão grandes momentos de colegas como Audrey Hepburn, Ella Fitzgerald, Paul Newman, David Cassidy, e ainda do gênio espanhol em surrealismo Salvador Dalí, e de Henry Kissinger, que foi secretário de estado dos Estados Unidos nos governos dos ex-presidentes americanos Richard Nixon e Gerald Ford, conseguindo resultados que agradavam tanto quanto suas atuações.

Foi graças a esses trabalhos que Lollobrigida recebeu, em 1985, uma indicação para integrar a prestigiada Ordre des Arts et des Lettres, na França, feita por seu amigo Jack Lang, um político de lá. Em seguida, veio a Légion d’Honneur, a mais alta honraria que o governo francês pode conceder para indivíduos de todas ás áreas, e que lhe foi entregue por François Mitterrand, presidente do país entre 1981 e 1995 e fã assumido dela.

Por suas fotografias, Lollobrigida foi bem mais premiada do que pelos papéis que a consagraram no cinema, e seu acervo não publicado já é considerado um tesouro com potencial de arrecadar milhões, caso seja leiloado. E, se for, é provável que o destino dos lucros de tal negócio seja o mesmo do leilão de suas joias, em 2013, cujos US$ 5 milhões (R$ 25,6 milhões) arrecadados foram integralmente doados para pesquisas com células-tronco.

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