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Novembro Azul || Créditos: Getty Images
Novembro Azul || Créditos: Getty Images

Se em outubro é realizada a campanha de conscientização ‘Outubro Rosa’ que busca alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero, o mês de novembro é dedicado aos cuidados da saúde masculina com a realização do ‘Novembro Azul’, promovido pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

A estimativa é de 65.840 novos casos de câncer de próstata no País em 2020, um aumento de 29,2% com relação ao ano anterior, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). E essa situação pode piorar, já que com a pandemia, houve um recuo significativo de homens na busca por exames de prevenção e ida ao urologista. No Brasil, ocorreu uma queda de 70% das cirurgias oncológicas e de até 90% das análises de biópsias, estimando-se que 50 mil brasileiros deixaram de receber diagnóstico de câncer nesse período de quarentena, segundo pesquisa da farmacêutica Janssen.

“Com a campanha do Novembro Azul, cada vez mais temos observado que os homens se sentem motivados a procurar o urologista para a realização do exame periódico da próstata. Mas ainda existe um caminho muito longo a ser percorrido até que o preconceito e o constrangimento sejam vencidos e a doença não diagnosticada precocemente resulte na morte de tantos homens”, diz o urologista Geraldo Faria, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo.

Câncer e outras doenças da próstata

Do tamanho de uma castanha e localizada abaixo da bexiga, a principal função da próstata é produzir uma secreção fluida para nutrição e transporte dos espermatozoides. Ao longo da vida a glândula pode desenvolver três doenças: a prostatite (inflamação), a hiperplasia prostática benigna – HPB (crescimento benigno) – e o câncer.

A prostatite chega a atingir cerca de 30% dos homens. Pode causar ardor ou queimação ou um desconforto durante o orgasmo, esperma de cor amarelada, vontade frequente para urinar etc. A principal causa para a doença são uretrites, como a gonorreia, após relacionamentos com parceiras com infecções ginecológicas e ainda após relação anal sem preservativo. A doença pode atingir cerca de 50% dos homens acima de 50 anos e provoca aumento da frequência urinária diurna, diminuição da força e do calibre do jato urinário, demora para iniciar a micção, sensação de urgência para urinar, entre outros sintomas.

O câncer, por sua vez, não costuma apresentar sintomas em fases iniciais, quando em 90% dos casos pode ser curado se diagnosticado precocemente. Ao apresentar sintomas significa já estar numa fase mais avançada e pode causar vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina ou no sêmen.

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata são: histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio e homens da raça negra. A recomendação da SBU é que os homens, a partir de 50 anos, e mesmo sem apresentar sintomas, devem procurar um profissional especializado, para avaliação individualizada tendo como objetivo o diagnóstico precoce do câncer de próstata. Os homens que integrarem o grupo de risco (raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata) devem começar seus exames mais precocemente, a partir dos 45 anos. Após os 75 anos, somente homens com perspectiva de vida maior do que 10 anos poderão fazer essa avaliação.

Para saber mais, só acessar o Portal da Urologia que possui conteúdos voltados ao público, com objetivo de explicar, desmistificar e trazer informações de qualidade sobre o câncer de próstata.

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