O sonho de consumo de Harvey Weinstein nesse momento é ter uma advogada de renome em sua equipe de defensores. Encrencado até dizer chega com os processos nos quais é réu por vários crimes sexuais, inclusive estupro, o ex-todo-poderoso de Hollywood acredita que a presença de uma mulher famosa no time de profissionais que o defendem nesses imbróglios judiciais serviria para dar uma amenizada em sua arranhada imagem pública. E com isso, quem sabe, livrá-lo de passar o resto da vida atrás das grades.
A última tentativa dele nesse front foi tentar contratar, sem sucesso, Pamela Mackey, que no começo dos anos 2000 representou Kobe Bryant em uma ação na qual ele era acusado de abuso sexual – o astro do basquete acabou sendo inocentado. Frise-se que Mackey recusou o job por um simples motivo: o cofundador da The Weinstein Company não quis lhe pagar o cachê premium que é comum nessas situações de alto risco para a carreira dos envolvidos, já que está praticamente falido.
A propósito, sempre que tenta atrair uma top advogada para defendê-lo, Weinstein usa o mesmo argumento dos tempos em que ainda dava as cartas na terra do cinema e conseguia convencer atrizes famosas a atuarem nos filmes que produzia em troca de salários bem abaixo dos praticados por lá: “se associar a mim lhe trará ainda mais fama e, portanto, será lucrativo para você no longo prazo”, o bambambã caído propõe nessas ocasiões, aparentemente com o ego ainda bastante inflado como nos velhos tempos. (Por Anderson Antunes)
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