Glamurama entrevista a estilista Lolita Zurita Hannud.

Lolita Zurita Hannud, aos 12 anos, já se arriscava nas primeiras criações como estilista na fábrica de tricô da mãe. Hoje, aos 22 anos, a empresária é dona da marca Lolitta, que fornece roupas para 60 pontos no Brasil e também no exterior. Com tanto sucesso, a estilista vai abrir loja própria, nesta quarta-feira, na charmosa Vila Mercatto, no badalado Baixo Jardins. Entre uma prova de roupas e uma vistoria na nova loja, Lolita conversou com Glamurama.

Você faz um trabalho de tricô superelaborado. Quando começou a se interessar por isso?

“A minha mãe, Rosana Zurita, tem confecção há 35 anos, na qual são feitos tricôs incríveis, com fios importados, tudo manual. Cresci no chão da fábrica, fazia roupas para bonecas, estojos para vender na escola com retalho do que sobrava. Me sinto um pouco filha das costureiras de lá. Hoje, 40 delas trabalham comigo.”

 Como começou a sua própria confecção?

“Aos 12 anos resolvi acompanhar a minha mãe em viagens de pesquisa de tendências. Fomos para Nova York, Paris e Milão, e comecei a criar para a marca Lolita Tricot, para meninas da minha idade na época. Acabou fazendo o maior sucesso! Dei entrevista para o Paulo Borges aos 13 anos, fui capa de revista, programas de televisão… Muitas coisas aconteceram naquela época.”

E você ainda era uma pré-adolescente…

“Pois é, por isso, com 15 anos resolvi estudar moda. Fiz um curso, na Amherst College, em Boston, que englobava da concepção de uma coleção até o desfile. Aí, voltei ao Brasil, comecei a faculdade de administração em marketing, na ESPM e me formei. Ao mesmo tempo, comecei a ter muitas encomendas, até parar na Daslu, na loja da Duda Falci. Por isso, em 2008, voltei com a marca Lolitta – com dois “t”.”

Você vai abrir loja própria agora, mas a marca já vende em muitas multimarcas. Quais países são os melhores clientes da marca?

“Vendo minhas peças para 60 multimarcas e comecei a exportar há um ano para França, Singapura, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Líbano, entre outros países árabes. O meu produto é nobre, os países árabes dão valor a isso, faço uma linha de vestidos longos só para eles.”

 O que as clientes vão encontrar na loja Lolitta?

“A loja vai ter modelos exclusivos, com a minha cara, uma linha de vestidos longos e alguns complementos. Todas as minhas roupas procuram valorizar a forma feminina de uma maneira elegante, sem parecer vulgar. Muitos dos vestidos não têm costura, modelam o corpo. Além disso, estarão à venda os móveis, que eu mesma fiz.”

Com tanto trabalho, dá tempo de namorar?

"Tenho ficado mais tempo no ateliê e na loja do que em casa. Chego tarde toda noite, mas meu namorado tem aguentado… Ele é filho da Mônica do gibi, neto do Mauricio de Souza e trabalha bastante também, na área comercial da empresa do avô."

Algum plano para o futuro?

No momento estou superapaixonada pela minha loja. Tudo que tenho conquistado sempre foi uma surpresa. Acredito que é melhor ter surpresa do que criar expectativa.