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Sylvio Fraga
Sylvio Fraga || Créditos: Divulgação
Sylvio Fraga ||  Créditos: Divulgação
Sylvio Fraga || Créditos: Divulgação

Sylvio Fraga lança seu segundo CD, “Cigarra no Trovão”, nesta quarta-feira, com um show no Teatro Tom Jobim, dentro do Jardim Botânico do Rio. O rapaz, filho de Armínio Fraga, cursou Economia na PUC carioca, seguindo os passos do pai. Mas decidiu mudar o rumo de sua vida e foi fazer mestrado em poesia na New York University. No setlist – que também será apresentado dia 16 no Teatro Itália, em São Paulo – tem até cover do Michael Jackson. Glamurama foi bater um papo com o músico, compositor compulsivo, autor de dois livros… E descobriu que ele botou Armínio para cantar em uma faixa. À entrevista! (por Michelle Licory)

Glamurama: Você se formou em Economia. Era o caminho natural… Por que achou importante fazer essa faculdade? Chegou a exercer a profissão?
Sylvio Fraga:
“Era natural porque sempre admirei meus pais, a maneira pela qual eles pensam o mundo. Na época associei isso com a formação deles – minha mãe também fez economia na PUC. Acho que eu devia ter estudado História. Com 18 anos, eu compunha e escrevia todos os dias no fervor da primeira descoberta, mas ainda não havia entendido que essas atividades poderiam se tornar a minha profissão. Eu não tinha essa referência de ninguém próximo, nem família nem amigo. Então optei por ter uma formação boa, num curso bom. Nunca trabalhei como economista.

Glamurama: Armínio apoiou a decisão de cursar poesia em Nova York? Em que momentos você se espelha nele e em que momentos ele é um contraponto?
Sylvio Fraga:
“Meu pai sempre me apoiou 100 por cento, ele nunca nem sugeriu que eu fizesse economia. Não sei se existem momentos específicos em que eu me espelhe nele, e certamente não há contraponto. Eu amo e admiro meu pai, é mais por aí. Temos profissões bastante diferentes, mas muitas coisas básicas e fundamentais existem em todas as profissões. É uma questão de valores”.

Glamurama: Como foi a época de estudante nos Estados Unidos?
Sylvio Fraga:
“Foi uma época ótima e, sim, a primeira vez morando sozinho. Mas morei na mesma rua que minha irmã, então ela me deu as dicas. O curso foi maravilhoso, fiz bons amigos, li e escrevi muita poesia. E Nova York é uma maravilha para quem ama música e pintura”.

Glamurama: Você é um compositor compulsivo assumido. Quais são seus temas preferidos?
Sylvio Fraga:
“Na verdade sou um compositor ‘compulsylvio’. Quase sempre tenho alguma música em construção, cheia de andaimes em volta, mas não componho todo dia. E não tenho tema preferido, vou juntando notas, acordes, palavras, ritmos e tateando o rumo. Outro dia li que Matisse às vezes, antes de começar uma pintura, espalhava algumas cores puras na tela e ficava olhando, sentindo a interação delas, imaginando uma composição. Muitas vezes uma canção nasce apenas da interação de dois ou três acordes, de ficar um tempo ‘joão-gilberteando-os'”.

Glamurama: Soube que você faz um cover de Michael Jackson no show. Qual é a música e por que a incluiu em seu repertório?
Sylvio Fraga:
“A música é ‘The Way You Make me Feel’. Incluí porque amo Michael. Um dia eu ouvi a música em casa, peguei o violão e comecei a fazer uma versão minha”.

Glamurama: Armínio costuma frequentar seus shows? Ele já ganhou uma música?
Sylvio Fraga:
“Ele e minha mãe vão muito aos shows. Meu pai nunca ganhou música, mas no primeiro disco participou de uma gravação como engrossador de coro”.

Sylvio, no meio, e  sua banda: Mac William Caetano [bateria], Bruno Aguilar [baixo], José Arimatéa [trompete] e Lucas Cypriano [piano/ teclado] || Créditos: Divulgação
Sylvio, no meio, e sua banda: Mac Willian Caetano [bateria], Bruno Aguilar [baixo], José Arimatéa [trompete] e Lucas Cypriano [piano/ teclado] || Créditos: Divulgação

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