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Servidos? || Créditos: Wikimedia Commons/Gold Coast Media Lab Helensvale Library
Servidos? || Créditos: Wikimedia Commons/Gold Coast Media Lab Helensvale Library

Para pessoas de todos os lugares, começar o dia com uma xícara de café fresquinho é mais do que um ritual matinal – é um elixir da vida. Sobretudo para muitos não americanos que sonham em saborear um Starbucks em Nova York. Glamourizada por blockbusters de Hollywood e “Sex and the City“, a icônica rede de cafeterias americana representa a própria essência do sucesso. No entanto, o mercado global de máquinas de expresso está começando a desafiar essa longa associação.

Não é por acaso que SATC se tornou sinônimo de uma vida aspiracional. Além da moda, do romance e do charme cosmopolita, a série que virou franquia oferece às marcas uma plataforma para mostrar seus produtos – e a Starbucks não é exceção. No episódio “The Good Fight”, da quarta temporada da atração, Carrie Bradshaw brinca: “Eu achava que pessoas sentadas sozinhas numa Starbucks eram ‘posers’ pretensiosas. Mas agora eu sei: são pessoas que recentemente foram morar com alguém…”. Momentos como esse, seja na telona ou na telinha, que incutiram a Starbucks em nossa cultura, a associando ao charmoso sucesso urbano moderno.

Porém, tendências recentes indicam uma mudança em certos hábitos de consumo de café estão indo de encontro a isso. O recém-divulgado relatório Mercado Global de Máquinas de Expresso (2023-2028), da consultoria digital americana ResearchAndMarkets.com, revela uma indústria em ascensão, projetada para movimentar US$ 12,8 bilhões (R$ 64,5 bilhões) nesse ano, com projeções de atingir US$ 16,7 bilhões (R$ 84,2 bilhões) até 2028. Trata-se de impressionante taxa de crescimento anual composta (CARG) de 5,50%, que destaca a crescente preferência por expressos caseiros.

Enquanto a Starbucks é inegavelmente uma aula de branding, seu apelo não é universal. Para os nova-iorquinos do Greenwich Village, por exemplo, esperar na fila por um latte logo cedo está cada vez mais fora de moda. Essa mudança de preferência não é apenas sobre conveniência, trata-se também de uma questão de economia. Considerando o salário mínimo na Big Apple a US$ 15 (R$ 75,60) por hora, o tempo gasto aguardando um Caramel Frappuccino se traduz em um tangível custo de oportunidade. Simplificando, não só muitos consideram que a Starbucks muitas vezes fica aquém no sabor (pergunte aos italianos…), mas também é mais econômico, a longo prazo, investir em uma máquina de expresso pessoal.

A crescente demanda por essas máquinas vem de sua capacidade de entregar consistentemente cafés gourmetizados, desde expressos a macchiatos, tudo no conforto da cozinha de casa. Mas também não é apenas sobre conveniência. O último relatório da Associação Nacional de Café dos Estados Unidos (ou NCA, na sigla em inglês de National Coffee Association) revela taxas de consumo de café especial em alta recorde no país em 2023, com bebidas à base de expresso vendo um aumento de 30% desde o início da pandemia.

Contudo, cultura do café em expansão tem lá seus desafios. O preço mais alto das máquinas de expresso pode ser um impedimento para alguns, e marcas têm tentado combater isso oferecendo recursos inovadores como conectividade inteligente e configurações personalizáveis. Esse é o caso do Terra Kaffe TK-02, da Brooklyn Roasting Company de NY, que exemplifica essa evolução, prometendo uma experiência de café em casa sob medida.

À medida que máquinas hypadas de expresso continuam ganhando tração, é essencial lembrar que a moderação é a chave. O consumo excessivo de cafeína pode levar a problemas de saúde e, por sinal, Carrie sabia bem o risco de um ‘over’ assim. Dito isso, para os que encontram um equilíbrio, parece que preparar um expresso estiloso em casa é a mais recente tendência da moda.

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