Mais duas “vítimas” de Harvey Weinstein resolveram acionar o outrora todo-poderoso de Hollywood na justiça, só que dessa vez o suposto crime reclamado não é de cunho sexual: Michael Abelson e Leslie Pereira, que dão expediente no escritório de advocacia californiano Abelson Herron Halpern LLP, estão processando Weinstein por falta de pagamento de honorários que somam em torno de US$ 420 mil (R$ 1,7 milhão), aí não incluídos os juros e a correção monetária pelo atraso. A dupla defendeu o combalido produtor no ano passado em uma das dezenas de ações de abuso sexual que correm contra ele nos tribunais de Nova York porém se desligou do caso em abril, já em razão de ficar a ver navios na hora de receber pelos serviços prestados.
Weinstein, que no auge chegou a ter uma fortuna de mais de US$ 300 milhões (R$ 1,2 bilhão), viu quase tudo ir pelo ralo desde o estouro do escândalo sexual que resultou na criação dos movimentos #MeToo e Time’s Up e também lhe custou a perda total de status no establishment hollywoodiano. Não bastasse a queda sem precedentes, no meio do caminho o ex-bambambã ainda teve que assinar um cheque estimado em pelo menos US$ 15 milhões (R$ 60,6 milhões) para Georgina Chapman depois que ela pediu o divórcio por simplesmente não conseguir mais dividir o mesmo teto com quem foi seu marido por quase onze anos.
E olha que a situação delicada de Weinstein deverá piorar logo, logo, uma vez que a atriz americana Annabella Sciorra – que o acusa de tê-la estuprado nos tempos em que atuou na série “The Sopranos”, um dos hits da carreira dele -, deverá dar nos próximos dias sua versão dos fatos sobre o ocorrido para um time de procuradores de Manhattan que há tempos sonham em colocar o cofundador da The Weinstein Company atrás das grades e, pelo que se comenta na Big Apple, estão bem perto de conseguir o tão desejado “final feliz”. (Por Anderson Antunes)
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