Caetano Veloso parece ter temperamento calmo, fala mansa e olhar sereno. Mas, como todo bom baiano, o artista também faz questão de deixar claro os seus descontentamentos e nem sempre da forma mais “boazinha”. Nessa segunda-feira, ele deu mais um exemplo de sua personalidade forte, ao responder de forma direta uma matéria sobre a live que fez ao lado dos filhos na sexta-feira passada. A notícia questionou o uso do prato e da faca como instrumento musical por seu filho Moreno, citando como uma situação cômica. No vídeo em que ele contesta a publicação, postado nas redes sociais, Caetano diz: ” O prato e a faca, em uma roda de samba, são uma forte representação da nossa cultura. Qualquer profissional que se propõe a falar sobre música deveria ter o aprofundamento necessário para tratar de nossa cultura com mais cuidado e respeito”.
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E como essa não é a primeira vez que Caetano manda o recado, Glamurama listou algumas vezes que ele rodou a baiana ao longo de sua trajetória.
Cuidado com a Crase
Em 2015, a equipe que cuidava das redes sociais de Caetano cometeu um erro de português e deixou o artista bravo. Ao fazer um post que mostrava um dos encontros de Milton Nascimento e Caetano durante um show da banda Dônica, eles escreveram “homenagem a Bituca”, e usaram crase no ‘a’, sendo que o acento não é usado antes de palavras masculinas. “Um erro chato, eu não gosto desse erro. Acho idiota”, disse.
https://www.youtube.com/watch?v=ZHB-_-ebBcc
Vergonha na cara
Em 2004, Caetano Veloso e David Byrne se apresentaram durante a premiação do VMB, da MTV, e tiveram problemas com o som. Depois de algumas tentativas, Caetano não controlou o nervosismo e disse ao vivo: “Ô pessoal da Emetevê, vergonha na cara! Vamo começar de novo e bota essa porra pra funcionar!”.
Canalha
Em 1993, Caetano Veloso foi entrevistado no “Jô Soares Onze e Meia, no SBT,” e não poupou as palavras para descrever James Brooke, correspondente do ‘New York Times’ na época, que publicou uma matéria que fazia insinuações sobre a sua bissexualidade: “Um desonesto. É mentira. Eu tenho que encontrar um meio de responder. Estou aqui no seu programa, mas acho ainda muito pouco, porque isso é um modo canalha de desrespeitar o Brasil, que eu não aceito, não admito. Canalha! […] Não tenho medo de New York Times banana nenhuma, não tenho medo”, falou o artista para Jô.
Vaia
Durante o Festival Internacional da Canção, em 1968, o Brasil vivia uma ditadura e Caetano Veloso apresentou a canção “É proibido proibir” e foi vaiado. Ele não gostou nada e mandou: “Vocês não estão entendendo nada, nada, nada”.
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