Quem tem medo de Ghislaine Maxwell? A pergunta que mais se ouve nas altas rodas de Nova York no momento foi tema de uma matéria publicada no sábado pelo “New York Post”, dias depois da surpreendente prisão daquela que é apontada como cúmplice de Jeffrey Epstein em um esquema de pedofilia que teria sido mantido durante anos pelo multimilionário e resultado em centenas de vítimas.
Mais do que temor pela figura da socialite britânica de 58 anos que até recentemente era conhecida apenas como uma personagem secundária na vida de Epstein, que teria se suicidado em agosto do ano passado na cadeia, muitos dos que conviveram com ela tremem só de pensar na possibilidade de que ela feche um acordo de delação premiada com as autoridades americanas.
Também investigada pelos mesmos crimes atribuídos a Epstein semanas antes da trágica morte dele, como tráfico sexual e exploração de menores, Maxwell corre o grave risco de ser condenada a décadas atrás das grades. Mas, caso tope revelar o que sabe sobre todo o imbróglio e, principalmente, quem mais teria participado das supostas ilegalidades, seu futuro pode ficar bem menos sombrio.
A seguir, Glamurama lista algumas das personalidades apontadas pelo “Post” como possíveis próximos “destaques” no desenrolar do escândalo sexual que chocou o mundo e tem tirado o sono de muita gente poderosa. Continua lendo… (Por Anderson Antunes)
O príncipe Andrew
O filho favorito de Elizabeth II é o nome que mais se destaca entre os possíveis envolvidos no #EpsteinGate. Bastante próximo de Epstein, o “royal” frequentava a ilha dele nas Bahamas (que foi apelidada de “Ilha da Pedofilia” pela imprensa americana, tamanha teria sido a atividade ilegal em seus domínios), e pelo menos duas supostas vítimas já o colocaram sob suspeita por causa de seus respectivos depoimentos. Andrew disse dias atrás que “está perplexo” com essas insinuações.
Bill Clinton
O ex-presidente dos Estados Unidos, por quem Epstein nutria uma certa fascinação (ao ponto de ter, em sua casa, um quadro bizarro que retratava o político com pernas de mulher), ainda não explicou direito por que usava o jatinho do multimilionário com tanta frequência. Além disso, os dois teriam viajado juntos em mais de uma ocasião para a tal “Ilha da Pedofilia”.
Ehud Barak
Ex-primeiro-ministro de Israel (entre 1999 e 2001), Barak – cuja riqueza sempre despertou a curisodade da imprensa israelense – também esteve na propriedade paradisíaca e socializou com ele em outras ocasiões. O político, no entanto, nega ter feito qualquer coisa errada por lá, e disse tempos atrás que “adoraria jamais ter conhecido Epstein”.
Leslie Wexner
Outro bff de Epstein, o bilionário chefão da Limited Brands (a holding que controla a Victoria’s Secret, entre outras marcas) é o maior nome de Wall Street no #EpsteinGate. Justamente por isso que até mesmo o futuro das empresas dele está sendo discutido por causa de sua ligação com o multimilionário, que buscava sua ajuda para atrair modelos com promessas falsas.
Alan Dershowitz
Um dos criminalistas mais influentes dos EUA, Dershowitz defendeu Epstein no primeiro processo por crimes sexuais no qual ele foi réu, em 2008. Acontece que naquela época o renomado advogado fechou um acordo do tipo “super amigável” com as autoridades americanas que atuavam na ação, e que livrou seu então cliente de qualquer punição severa. Há quem diga que os pormenores desse acordo são ainda mais suspeitos do que parecem, sem falar que Epstein teria confidenciado ao advogado que “muita gente grande” preferiria vê-lo morto…