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Miky Lee no Oscar 2020 || Créditos: Reprodução
Miky Lee no Oscar 2020 || Créditos: Reprodução

Oprah Winfrey pode até ser a “rainha de todas as mídias”. Porém quando o assunto é o showbiz da Coreia do Sul – que é um dos mais aquecidos de toda a Ásia – quem manda e desmanda mesmo é Lee Mi-Kyuong, mais conhecida pela versão americanizada de seu nome, Miky Lee. Para quem não está ligando o nome à pessoa, ela é aquela senhorinha que apareceu para agradecer o Oscar de Melhor Filme junto com a equipe de ‘Parasita’… e que quase foi ‘gongada’ pela produção do evento na hora do discurso, não fosse a turma da primeira fila da plateia, puxada por Tom Hanks e Charlize Theron, fazer o maior estardalhaço para que as luzes fossem acesas de novo.

Assim como os americanos, a maioria dos brasileiros provavelmente nunca ouviu falar da empresária sul-coreana, até Lee surgir como a produtora responsável por um dos maiores sucessos de 2019 nas telonas, que custou US$ 11 milhões (R$ 47,5 milhões) e rendeu até agora US$ 184,2 milhões (R$ 795,9 milhões) com a venda de ingressos- para se ter uma ideia do tamanho de seu poder.

Não fosse pela iniciativa de Miky de criar, décadas atrás, a primeira rede de cinemas multiplex de seu país, o que foi fundamental para que os conterrâneos dela pegassem gosto pela sétima arte, o filme de Bong Joon-ho dificilmente teria chegado aonde chegou. Hoje comandante de um império com tentáculos em várias áreas mas particularmente forte no segmento de entretenimento, no qual tem receitas anuais de US$ 4,1 bilhões (R$ 17,7 bilhões), Lee também já exerceu influência nos EUA.

É que em 1994, quando o trio formado por Steven Spielberg, David Geffen e Jeffrey Katzenberg mantinha conversas iniciais sobre a possibilidade de fundar seu próprio estúdio de cinema, ela não pensou duas vezes e acenou com um cheque de US$ 300 milhões (R$ 1,3 bilhão) para participar da empreitada. Daí nasceu a DreamWorks SKG, que acabou sendo comprada há quatro anos pela Comcast em um negócio de US$ 3,8 bilhões (R$ 16,4 bilhões).

Ter um pé em Hollywood, aliás, é algo que está desde muito tempo atrás nos planos de Miky. E para chegar lá, a magnata lançou um desafio para si mesma: rodar pelo menos três filmes em inglês por ano. “Parasita”, que é falado em coreano mas voltado para um público internacional, foi o pontapé inicial. E a glória veio no último Oscar, quando a produção levou pra casa quatro das seis estatuetas para as quais foi indicada – inclusive a mais importante de todas, a de Melhor Filme, dada pela primeira vez na história da premiação a um longa em língua estrangeira. Foi um aviso de Lee aos seus colegas dos States: “estou chegando!”. (Por Anderson Antunes)

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