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Geoffroy van Raemdonck com o marido, Alvise Orsini || Créditos: Reprodução
Geoffroy van Raemdonck com o marido, Alvise Orsini || Créditos: Reprodução

Imagine ser o CEO de uma empresa que recentemente passou por um processo de falência e ao mesmo tempo aparecer nas páginas de uma revista sobre luxo exibindo a mansão em que vive confortavelmente enquanto a maioria de seus subordinados se prepara para receber o aviso prévio em plena pandemia. Pois foi exatamente isso que aconteceu na semana passada com Geoffroy van Raemdonck, que comanda a Neiman Marcus, cuja bancarrota foi oficialmente decretada no começo de maio, junto com a ameação de demissão de mais de 14 mil de seus funcionários.

Ao lado do marido – Alvise Orsini, que ganha a vida como designer de interiores – o executivo foi destaque na última edição da “PaperCity”, uma publicação voltada para o público de alta renda que vive em Dallas, no estado americano do Texas, aparecendo em nada menos que onze páginas dedicadas ao château de 1927 em estilo provençal italiano e com mais de mil metros quadrados que tem por lá. Além de enorme, a propriedade é decorada com mobiliário europeu do século 18 e tem até quadros assinados por artistas como Andy Warhol nas paredes.

Nas redes sociais, muita gente classificou a matéria estrelada por Van Raemdonck e Orsini como “inapropriada” e até de “indelicada”, mas eles ainda não se pronunciaram. Ao que parece, a “PaperCity” os clicou antes do encerramento do processo de falência da Neiman Marcus, que aconteceu na última sexta-feira, e que resultou na eliminação imediata de mais de US$ 4 bilhões (R$ 22,1 bilhões) em débitos que a varejista tinha, e que por sua vez consumiam cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,1 bilhão) em juros anuais.

O comentário em Nova York, berço da Neiman Marcus, é que a icônica rede de lojas de departamento pode até ter sobrevivido sua quase extinção, mas seu comandante pode ter um destino diferente… Justiça seja feita, Van Raemdonck abriu mão do salário de US$ 6 milhões (R$ 33,2 milhões) a que teria direito no fim desse ano (mas não dos US$ 4 milhões (R$ 22,1 milhões) em bônus que embolsou ainda em fevereiro), em razão da crise causada pelo novo coronavírus, apesar de que, no fim das contas, isso não fez muita diferença para melhorar a fama de “sem noção” dele. (Por Anderson Antunes)

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