E-commerce onde se encontra praticamente de tudo, a Amazon decidiu focar nos consumidores de alta renda dos Estados Unidos. Nessa terça-feira, a varejista online fundada e comandada por Jeff Bezos – e cujo valor de mercado na bolsa eletrônica NASDAQ disparou desde o começo da quarentena – lançou um novo canal de vendas, que batizou Luxury Store, no qual vai oferecer apenas produtos do segmento de luxo, um dos que mais cresceram no país nos últimos anos e apesar da pandemia de Covid-19 continua apresentando bons resultados.
O Luxury Store, no entanto, será disponibilizado para apenas alguns seletos clientes do Amazon Prime, um programa de fidelidade que a gigante americana lançou anos atrás e que atualmente conta com mais de 150 milhões de membros, em sua maioria dos EUA. A ideia é torná-lo algo visto como exclusivo, que por sua vez é desejado em dobro por aqueles que não o tem, um “truque” que as grandes grifes de moda usam há tempos.
Aliás, o Luxury Store já nasceu com um grande parceiro: a Oscar de la Renta, que é sinônimo de luxo para muitos americanos. A grife perdeu seu fundador em 2014, e desde então vinha estudando formas de se reinventar. E a internet se mostrou o caminho mais fácil e menos custoso para a tarefa, já que marca homônima de Oscar de la Renta tem pouquíssimas lojas próprias e sempre esteve mais presente no mundo virtual.
Mas, como Bezos não dá ponto sem nó, muita gente acredita que é apenas uma questão de tempo até que o Luxury Store se transforme em algo maior, possivelmente com a aquisição de um concorrente. Os candidatos mais prováveis nesse caso são o Farfetch e o Net-A-Porter, que também estariam nos radares do pessoal do LVMH. Vale lembrar que a última vez que a Amazon foi às compras pra valer foi em 2017, quando pagou US$ 13,7 bilhões (R$ 79,1 bilhões) pela rede de supermercados americana Whole Foods. (Por Anderson Antunes)
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