Um dos maiores mistérios do mundo do rock será abordado em um episódio da série americana “The Curious Life & Death of…”, sobre as vidas e mortes inusitadas de figuras históricas, que vai ao ar no próximo domingo no Smithsonian Channel dos Estados Unidos. Trata-se da morte prematura do guitarrista Brian Jones, o fundador dos Rolling Stones, pouco tempo depois de sua expulsão da banda britânica comandada atualmente por Mick Jagger.
O corpo de Jones foi encontrado boiando na piscina da casa de campo dele em East Sussex, no sudeste da Inglaterra, em julho de 1969. Na época, uma investigação conduzida pela Scotland Yard concluiu que o roqueiro de 27 anos perdeu a vida ao se afogar acidentalmente depois de uma noite regada a drogas e álcool, mas seus fãs sempre duvidaram disso.
A autópsia de Jones também revelou que a dependência química causou sérias alterações em seu corpo, como os aumentos de seu coração e fígado, esse último chegando a ficar do tamanho de um bebê recém-nascido. “É de se pensar se ele teria vivido por muito tempo mesmo se tivesse sobrevivido ao seu suposto afogamento”, disse a médica e historiadora britânica Lindsey Fitzharris, que apresenta o programa.
Além das complicações de saúde de Jones, a profissional também questiona na atração os supostos erros cometidos por investigadores da polícia britânica durante a abordagem da tragédia feita por eles, assim como as diferenças gritantes nos testemunhos das últimas pessoas que viram o músico vivo, e que por vezes mudaram seus testemunhos sobre o caso.
Um dos membros do macabro “Clube dos 27”, formado por estrelas da música que partiram dessa para uma melhor quando tinham a idade, Jones fundou os Rolling Stones em 1962, mas foi expulso do grupo sete anos mais tarde em razão de vários desentendimentos que teve com o manager Andrew Loog Oldham, então contratado por Jagger e companhia para torná-los mais atraentes para o público sob um ponto de vista comercial. (Por Anderson Antunes)