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Aos 30 anos, Aline Weber está aproveitando a vida com calma e tranquilidade. A top, uma das mais hypadas de sua geração, especialmente no exterior, divide o tempo entre Estados Unidos e Brasil, e pretende finalmente se estabelecer em terras paulistanas no próximo ano. Mas isso não é uma pausa na carreira. A mudança para São Paulo após 13 anos em Nova York é o jeito que encontrou para ficar mais perto do noivo, Pigma Amary. “Estamos planejando morar juntos no começo do ano que vem e provavelmente será São Paulo. Ele já me disse que quer estudar, fazer cursos…”.

Aline conheceu Pigma em uma viagem que fez ao Xingu em 2018, durante o festival indígena Kuarup. O amor entre os dois foi à primeira vista. “Nos vimos na aldeia no primeiro dia do Kuarup. Eu já estava de olho nele e ele em mim, mas estávamos tímidos, então ninguém fez nada. Logo depois, fui para uma cidade que ficava lá perto e encontrei alguns amigos, que também conheciam ele. Dois dias depois, Pigma, que estava estagiando em outro local, apareceu e começamos a conversar”, lembra a gata.

Em seguida, a modelo trocou contato com o rapaz do Alto Xingu e, desde então, o casal nunca mais se desgrudou. O pedido de namoro veio dois meses depois, por videocall. Agora, Aline está noiva, e fala um pouco sobre o casamento e sobre sua luta na defesa dos animais e da natureza.

Glamurama: Você está entre as modelos mais conhecidas de sua geração… especialmente fora do Brasil…
Aline Weber: Minha carreira tem um saldo muito positivo. Ao longo desses anos, desfilei para grandes marcas e acho que isso me deixou ainda mais em conexão com o mundo. Fico muito feliz por isso.

Glamurama: Você começou muito jovem. Imaginou que fosse chegar tão longe?
AW: Isso nunca passou pela minha cabeça. Nunca tinha cogitado ser modelo, inclusive. Fui descoberta ao acaso e as oportunidades começaram a aparecer. Decidi aceitar. Pouco tempo depois estava em São Paulo trabalhando e, em pouco tempo, viajando o mundo.

Glamurama: Sempre esteve ligada à causa animal e ao meio ambiente?
AW: Sempre gostei muito de animais e não como carne há 13 anos. Mas só há quatro comecei a levantar essa bandeira e me conectar mais com todo esse universo. A natureza precisa ser respeitada e é um assunto extremamente importante.

Glamurama: E não comer carne foi o que te motivou a entrar de cabeça no movimento?
AW: Acredito que sim. Quando realmente comecei a entender mais sobre isso, pesquisar, passei a me conectar a fundo com esses assuntos. Então foi sim um fator muito importante. Você passa a compreender o que tem de errado na indústria da carne, o desmatamento, a crueldade com os animais…

Glamurama: Como você incentiva as pessoas a entenderem e se juntarem à causa?
AW: Dialogando e espalhando o conhecimento que tenho agora. Converso muito com minhas amigas, sugiro documentários e matérias para que elas fiquem por dentro do assunto e entendam. Esse é o melhor jeito.

Glamurama: Vimos que, recentemente, você desativou o Instagram…
AW: Não, só quis dar um tempo. Acho que gastamos muita energia nas redes sociais e nem sempre é algo que acrescenta. Claro que tem o lado positivo, mas preferi assim e não pretendo voltar esse ano.

Glamurama: Você está noiva do Pigma, de origem indígena do Alto Xingu. Quando assumiu o romance publicamente ficou com receio da reação do público?
AW: Sabia que as pessoas teriam reações muito diversas, mas sempre tivemos o apoio da nossa família e amigos. Nas redes sociais, as pessoas adoraram, foi tudo muito positivo. Para as críticas, tanto eu quanto Pigma estávamos preparados.

Aline e Pigma no Xingu / Crédito: Reprodução

Glamurama: Pode nos contar como vocês se conheceram?
AW: Nos vimos na aldeia no primeiro dia do Kuarup, um festival indígena. Eu já estava de olho nele e ele em mim, mas estávamos tímidos, então ninguém fez nada. Logo depois, fui para uma cidade próxima e encontrei alguns amigos que também conheciam ele. Dois dias depois, Pigma apareceu e começamos a conversar. Foi incrível. Desde então, passamos a trocar mensagens todos os dias, conversar por telefone e também por videocall.

Glamurama: Como foi o pedido de namoro?
AW: Foi por vídeo, que é como costumamos conversar no dia a dia. O pedido rolou dois meses depois e foi incrível. Já tem mais de um ano que estamos juntos, e noivos.

Glamurama: Sentiu dificuldades com as diferenças culturais? Como se adaptou a isso?
AW: Cultural, não. Acho que a parte mais difícil é a distância e também o idioma. Todos eles falam português, mas, na aldeia, eles tem o idioma local chamado Kuikuro, que não entendo. É bem difícil. Mas a parte da distância é realmente a pior. Tem que amar e querer muito, mas conseguimos fazer dar certo.

Glamurama: Conhecer Pigma ajudou a abrir os olhos para a causa ambiental?
AW: Já estava bem atenta a isso, e não acho que ele, em si, tenha ajudado, mas sim a viagem que fiz ao Xingu. Vi de perto o desmatamento e o que isso causa. Foram viagens enriquecedoras. É claro que Pigma sempre é uma motivação, mas não é só isso.

Glamurama: Ele entende sua profissão de modelo internacional? O que ele pensa a respeito?
AW: Entende e gosta muito. Já viu diversas fotos que fiz. Ele é muito tranquilo, sempre me apoia e admiro demais a compreensão dele em relação a tudo.

Glamurama: Quando pretendem casar? E quando acontecer, onde pretendem morar?
AW: Estamos noivos, mas ainda não pensamos em casamento. Estamos planejando morar juntos no começo do ano que vem, provavelmente será São Paulo. Pigma já me disse que quer estudar, fazer cursos… então é ideal.

Glamurama: Você se adaptaria à vida na aldeia?
AW: Acredito que sim. É muito gostosa essa conexão com a natureza. Quando viajo para lá – não consigo ficar mais de oito dias – me sinto muito bem. Acordo, faço meditação. Acho que o problema inicial seria, realmente, o idioma. E sentiria falta de algumas praticidades, como pedir comida quando não quero cozinhar, mas conseguiria me adaptar, sim.

Glamurama: Falando um pouco de política: o que pensa do descaso do novo governo com o meio ambiente, população indígena e Amazonia?
AW: Não tenho acompanhado muito as falas do presidente, mas o fato é que a natureza e os indígenas merecem todo o respeito. Isso deveria ser a prioridade de qualquer governo.

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