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Pedro de Godoy Bueno
Foto: Bruna Guerra

A vida do carioca Pedro de Godoy Bueno, de 33 anos, mudou completamente em 14 de fevereiro de 2017. Foi naquele dia que seu pai, o médico e empresário Edson de Godoy Bueno, cofundador da Amil, morreu de infarto durante uma partida de tênis em Búzios, no litoral do Rio de Janeiro, onde estava há dias curtindo um raro período de descanso. Ele tinha 73 anos, e um patrimônio pessoal então estimado em quase US$ 2 bilhões, dos quais uma boa parte era proveniente dos valores que recebeu em 2012, quando vendeu 90% a operadora que cofundou com sua ex-mulher Dulce Pugliese de Godoy Bueno, também médica e atualmente uma das mulheres mais ricas do Brasil, para a gigante americana UnitedHealth, em um negócio que movimentou US$ 4,9 bilhões em dinheiro e troca de ações.

Pedro, então com 27 anos, herdou a fortuna junto com sua irmã mais velha, Camilla de Godoy Bueno Grossi. Mas a ele coube a tarefa de continuar tocando o império familiar que também inclui a DASA, maior grupo hospitalar e rede de laboratórios do Brasil, da qual se tornou CEO com a mesma idade, tornando-se o mais jovem detentor do cargo de uma empresa brasileira de capital aberto, no qual será substituído em fevereiro do 2024 pelo executivo Lício Cintra, conforme um plano de transição já em curso comunicado pela empresa ao mercado nessa terça-feira (27). Antes da morte repentina de Edson, a maior preocupação do comandante da companhia que encerrou o ano passado com receita bruta consolidada de R$ 14,1 bilhões era a de tratar dos detalhes de seu casamento com o administrador paulista Hermann Hoffmann, que aconteceu pouco mais de um ano depois do baque em cerimônia realizada no exclusivo Gavea Golf & Country Club do Rio, point do high society da cidade desde 1921.

Não bastasse todo esse agito tanto na vida pessoal quanto na profissional, Pedro e Camilla ainda tiveram que lidar com a partilha bilionária de tudo que foi deixado por Edson, que atrasou devido ao “excesso de riqueza”. Com o imbróglio jurídico resolvido, Pedro e Camilla (que mora em Londres e é dona de uma participação minoritária na rede de academias SmartFit), receberam a posse definitiva dos bens que incluem ainda vários fundos de investimentos e até um apartamento de US$ 53 milhões no “Billionaire’s Row”, algo como “Ala dos Bilionários”, um quadrilátero de Nova York assim conhecido por concentrar o maior número de residentes que são membros do clube dos dez dígitos por lá. Suas fortunas individuais atuais são estimadas em pelo menos R$ 3 bilhões.

Até agora os irmãos têm se dado muito bem na tarefa de diversificar o que herdaram, e dos fundos dos dois alguns são administrados pela DNA Capital, family office do qual Pedro é controlador. Um deles, com patrimônio líquido de R$ 2,1 bilhões, tem ações de empresas tech como Apple, Amazon, Microsoft, Alphabet (Google), Alibaba Group e Tencent. Nessa data em que se celebra o Dia do Orgulho em todo o mundo, Pedro, como o LGBTQIAPN+ mais rico do país, de certa forma evidencia uma melhora – ainda que longe da ideal – nos bastidores do cenário corporativo nacional: uma pesquisa da ONG OutNow, dos Estados Unidos, ao menos um entre cada três gestores do Brasil já não sente a necessidade de manter sua sexualidade em segredo no ambiente de trabalho, em compasso com o que se vê há anos lá fora e, principalmente, nos EUA. Aliás, o próprio CEO da fabricante do iPhone, Tim Cook, é gay assumido e já declarou que “ter nascido gay” foi o maior presente que Deus lhe deu.

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